O iFood anunciou um novo pacote de medidas voltadas aos entregadores cadastrados na plataforma, com foco na bonificação por desempenho e flexibilização no recebimento dos pagamentos.
Segundo a empresa, as ações buscam valorizar os profissionais mais ativos e frequentes no serviço.
Entre as novidades, está a possibilidade de antecipação do pagamento pelos serviços prestados. Atualmente, os entregadores recebem semanalmente, às quartas-feiras. Com a nova funcionalidade, poderão optar por receber no mesmo dia em que realizarem as entregas.
Outra medida é o programa "Super Entregadores", que prevê bônus anuais de até R$ 3 mil para trabalhadores que se destacarem em frequência e desempenho.
De acordo com o diretor de impacto social do iFood, Johnny Borges, os profissionais engajados podem ter ganhos até 30% acima da média dos demais. A empresa também adicionou uma nova ferramenta de escolha de destino.
Hoje, o ganho bruto médio por hora trabalhada é de R$ 28, segundo dados do iFood. O valor mínimo pago por entrega é de R$ 7,50 para quem usa motocicleta ou carro, e R$ 7 para entregadores de bicicleta.
Críticas e preocupações
Representantes da categoria, no entanto, criticam o pacote. Para o presidente da Associação dos Motofretistas Autônomos do Distrito Federal, Alessandro Sorriso, os benefícios exigem maior dedicação, podendo transformar-se em "armadilha" ao incentivar jornadas longas e reduzir a possibilidade de recusa de entregas.
“Prometem 30% a mais, mas será preciso trabalhar mais, inclusive em fins de semana e feriados”, afirmou.
Rodrigo Lopes Correia, entregador e presidente do Seambape (Sindicato da categoria em Pernambuco), também acredita que a medida é resultado da mobilização dos trabalhadores.
Ele relatou que trabalha mais de 10 horas por dia e lamenta que, mesmo assim, a remuneração líquida mensal fique em torno de R$ 1.500.
Questão trabalhista
Especialistas apontam para a precarização do trabalho. O professor de Direito do Trabalho da Universidade de Brasília, Antônio Sérgio Escrivão Filho, afirmou que a atuação dos entregadores deve ser vista como relação de emprego e não como empreendedorismo.
“Eles não controlam as regras do serviço e tampouco podem negociar suas condições. É uma relação de subordinação típica do vínculo empregatício”, argumentou.
O iFood, por sua vez, destacou que oferece programas de segurança, monitoramento de velocidade e o que chama de “o maior seguro da categoria”, com indenizações de até R$ 120 mil em caso de morte.
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Ifood busca valorizar os profissionais mais ativos e frequentes no serviço (Paulo Pinto/Agência Brasil)



