As assembleias de condomínio, antes vistas apenas como um encontro burocrático de moradores, estão se transformando em verdadeiras eleições. Campanhas, chapas formadas e planos de gestão detalhado mostram que a disputa pelo comando de residenciais de médio e alto padrão em Campo Grande passou a refletir o mesmo ambiente de engajamento — e, por vezes, de polarização — que se vê nas urnas políticas.
Síndicos e conselhos passaram a lidar com orçamentos cada vez mais altos, contratos complexos e demandas que envolvem desde segurança e paisagismo até sustentabilidade e valorização patrimonial. Em alguns casos, as propostas se assemelham a planos de governo: há promessas de modernização administrativa, melhoria de infraestrutura e até criação de canais de comunicação e transparência entre moradores e gestão.
Consultores do setor explicam que o papel do síndico deixou de ser apenas o de “zelador” e passou a exigir competências de gestor, mediador e planejador. “As pessoas querem entender para onde vai o dinheiro do condomínio, como são feitas as contratações e quais são as prioridades. Isso fez com que as eleições internas se tornassem mais competitivas e, ao mesmo tempo, mais democráticas”, explica um especialista em administração condominial ouvido pelo JD1 Notícias.
Caso em Campo Grande -
O Residencial Damha I, um dos condomínios mais tradicionais de Campo Grande, se prepara para uma eleição inédita no próximo dia 28 de outubro. Pela primeira vez em quase 20 anos de existência, haverá disputa entre duas chapas para a presidência da associação de moradores.
De um lado está a atual administração, liderada por Funabashi. Do outro, a chapa “Somos + Damha”, encabeçada pelo promotor de Justiça Fernando Jorge Manvailer Esgaib, que apresenta propostas de modernização e transparência na condução do condomínio.
Segundo Esgaib, de 54 anos, casado e pai de três filhos, sua candidatura surgiu a partir do incentivo de vizinhos. “Resolvi ingressar a pedido de vários vizinhos, condôminos, no sentido de servir como uma opção a mais para os condôminos, uma vez que em aproximadamente 20 anos de existência do residencial, que foi fundado em 2006, nunca houve disputa de eleição. Sempre houve chapa única à presidência da associação, então nós resolvemos inovar, não no sentido de criar atritos, aborrecimentos ou mal-estar, e sim no intuito de oferecer propostas e ideias em benefício de todos os moradores do Damha”, explicou ao JD1.
O promotor destaca que as propostas da chapa foram construídas de forma participativa, priorizando segurança, meio ambiente, obras e convivência social. “Compilamos, ouvimos vários condôminos e assim reunimos as necessidades imediatas, mediatas e futuras para o bem de todos. O condomínio está envelhecendo, precisando de melhorias constantes, atualizações e aperfeiçoamentos, e por isso propusemos a chapa Somos Mais Damha, com pessoas de bem, comprometidas, com vontade de tornar o local em que vivemos mais aprazível”, afirma.
A equipe de reportagem entrou em contato com o atual gestor para ouvir suas propostas, mas não teve retorno.
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