O projeto de retomada das concessões de ferrovias no Brasil foi anunciada em abril pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, ele que prometeu um programa “ambicioso, mas possível”, nas linhas férreas de todo o país, havia gerado uma esperança de que a malha pertencente ao Mato Grosso do Sul fosse contemplada. Na quarta-feira (8), o presidente Jair Bolsonaro lançou o programa de concessões que incluiu 59 novos projetos, mas, MS não foi contemplado.
De acordo com o Correio do Estado, o atraso de três meses na primeira reunião do ano do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), do governo federal, emperrou a análise da concessão da linha férrea Malha Oeste que possui extensão de 1.973 quilômetrose viabiliza a Ferrovia Transamericana.
Os novos projetos, se leiloados até o fim do mandato, garantirão investimentos de R$ 1,6 trilhão pelos próximos trinta anos. A maior parte (R$ 1,4 trilhão) está relacionada aos três leilões de petróleo e gás previstos para este ano
Para o governador Reinaldo Azambuja, a revitalização da Malha Oeste viabiliza a Ferrovia Transamericana, que vai ligar os portos no Oceano Pacífico, conectando o porto da cidade de Ilo, no Peru, ao Porto de Santos (SP), passando por Mato Grosso do Sul, pelos municípios de Corumbá, Campo Grande, Ponta Porã e Três Lagoas. Para tanto, a empresa Rumo deve investir cerca de R$ 5 bilhões, com retorno financeiro com a demanda de fertilizantes, grãos, líquidos e aço; uma parte da liga metálica consumida na Bolívia sai do Brasil. O atual termo de concessão tem 22 anos e termina em 2026.
Conforme o Correio do Estado, sem a inclusão no PPI, o consórcio formado pela Rumo com a Ferrovia Oriental e Andina, o Hub Intermodal de Três Lagoas e a Transfesa vai enfrentar dificuldades para obter recursos. Por isso, a reunião (sem data definida) do programa tendo na pauta a ferrovia é esperada pelo governo estadual desde novembro do ano passado.
A intenção é a qualificar a Malha Oeste e Malha Sul como prioritárias para que haja a inserção no PPI.
Mesmo diante deste cenário, o Governo do Estado acredita na viabilização do projeto. De acordo com o secretário de Produção, Jaime Verruck, a não inclusão da Transamericana na reunião desta semana já era esperada, mas que o Governo Federal entende que é fundamental que ocorra. “Estamos muito tranquilos, pois temos o compromisso do ministro que a Transamericana será colocado no PPI após as tratativas da Ferronorte”, frisou.
O secretário estima que uma nova reunião possa ocorrer em um prazo de 30 dias.
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Malha ferroviária de MS necessita de investimentos (Reprodução/ Internet)



