Os cinco fazendeiros envolvidos no ataque a indígenas que resultou em uma morte em julho de 2016 na fazenda Yvu, em Caarapó, passaram a primeira noite presos nesta quinta-feira (28), após a revogação da liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).
Nelson Buanain Filho, Jesus Camacho, Virgílio Mettifogo, Dionei Guedin e Eduardo Yoshio Tomanaga se entregaram na tarde de ontem, depois da Justiça Federal decretar a prisão preventiva, e passaram a noite detidos na delegacia da Polícia Federal (PF) em Dourados, cidade a 225 km de Campo Grande.
O advogado de defesa dos fazendeiros Nelson Buainain Filho e Virgílio Mettifogo, Gustavo Passarelli explicou que a definição do local onde os acusados ficarão presos ainda será decidida pela Justiça.
Passarelli ainda afirmou que irá entrar com pedido de habeas corpus para reverter a decisão. “Vamos entrar com o pedido entre hoje e semana que vem”, relatou o advogado Gustavo Passarelli.
STF
Na terça-feira (26), a pedido do Ministério Público Federal (MPF), a primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a prisão preventiva de cinco fazendeiros. Os ministros entenderam que não há ilegalidade nas prisões que justifique a atuação do STF e reverteu liminar que havia sido concedida em outubro de 2016.
Para Passarelli, a decisão do STF foi formal. “Não foi uma decisão de mérito, não foi uma decisão por entender que eles são perigosos ou cometeram o crime, foi uma decisão meramente formal”, argumentou o advogado.
Ataque
No dia 12 de junho de 2016, indígenas da etnia Guarani-Kaiowá ocuparam a Fazenda Yvu, em Caarapó (MS). No dia seguinte, agentes da Polícia Federal foram notificados por fazendeiros que os levaram até o local.
No dia 14 de junho, os proprietários rurais e cerca de 200 fazendeiros, munidas de armas de fogo e rojões, se organizaram para expulsar os índios à força do local. De acordo com testemunhas, foram mais de 40 caminhonetes que cercaram os indígenas, com auxílio de uma pá carregadeira, e começaram a disparar em direção à comunidade. No ataque, oito ficaram feridos e Clodioude Aquileu Rodrigues morreu.
Em agosto do ano passado os cinco fazendeiros foram presos e são acusados dos crimes de constituição de milícia privada, homicídio, lesão corporal e dano qualificado.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Governo amplia vagas em programas sociais para cuidadores e estudantes em MS

MS fecha parceria com Google para usar IA na educação, saúde, segurança e agronegócio

Mega-Sena sorteia prêmio acumulado de R$ 12 milhões neste sábado

TJMS nega liminar para soltura de motorista que atropelou e matou jovem em Coxim

Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS

Adriane tenta suspender promoção de médicos alegando crise, mas desembargador nega

Justiça absolve acusado de matar o pai a facadas e aplica internação por tempo indeterminado

MS aprova lei que exige comunicação prévia sobre corte e ligação de serviços públicos

Foragidos da Justiça, envolvidos em roubo, são capturados pela PM na região norte







