Desde o último dia 15, índios terenas ocupam a Fazenda Buriti. A ordem de reintegração de posse a favor do proprietário foi prorrogada, mas o prazo para cumprimento vence hoje pela manhã (05). O governo, por meio da Advocacia-Geral da União, tenta mais prazo para negociar a saída dos indígenas da fazenda.
No total, 110 homens da Força Nacional serão deslocados para a região. Eles começaram a ser mobilizados, ainda à noite, por via terrestre, de acordo com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Outra parte da tropa seguiria hoje de avião. Além do envio da Força Nacional, Cardozo disse que o efetivo da Polícia Federal será ampliado no estado em função do acirramento dos conflitos.
“O governador Puccinelli pediu ao Ministério da Justiça a Força Nacional de Segurança, para que nós pudéssemos atuar na região de Sidrolândia tendo em vista a elevação do conflito hoje à tarde. O pedido já chegou e nós deferimos”. Nesta terça-feira (04), o governo recebeu informações de que mais um indígena foi baleado em conflito com fazendeiros na região de Sidrolândia.
Na quinta-feira (06), o governo vai receber os indígenas em uma reunião no Ministério da Justiça a fim de tentar negociar um acordo para desocupação pacífica da área.
Em Mato Grosso do Sul, a Força Nacional de Segurança vai estar submetida ao comando da Polícia Militar e a da Secretaria de Segurança do estado, segundo Cardozo. A situação não impedirá, por exemplo, que a tropa atue na desocupação da fazenda, caso a Justiça determine que a tarefa seja cumprida pelas forças policiais do estado. “A Secretaria de Segurança de Mato Grosso do Sul é que vai determinar o papel que terá a Força Nacional de Segurança. A partir daí o que fazemos é uma contribuição ao governo do estado, o comando é do estado”, disse. De acordo com o ministro, a Força Nacional permanecerá no estado pelo “tempo que for necessário”.
Apesar do acirramento dos ânimos, Cardozo espera que os conflitos sejam resolvidos sem uso da violência. “O governo espera o entendimento, faz um apelo a todas a partes envolvidas no conflito, na linha de que ninguém vai conseguir satisfazer direito acirrando conflitos, usando violência, não é essa a forma. Não é a violência a forma de resolver o conflito. Fazemos um apelo às lideranças de todos os envolvidos de que façam uma pactuação, não caiam na violência”.
Via Agência BrasilReportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Geral
Davi Brito erra plural de "limão" em programa de TV e viraliza nas redes sociais

Geral
De MS, advogado participa do XIII Fórum de Lisboa

Brasil
MPF apresenta denúncia contra trio que enviava brasileiros ilegalmente para os EUA

Justiça
TJ mantém prisão de guarda municipal acusado de roubo de celulares na Capital

Geral
Padaria da Liberdade: Com 1 milhão de pães doados, internos são "protagonistas da ressocialização"

Interior
Justiça nega liberdade a homem acusado de estupro em Água Clara

Justiça
TJMS autoriza intimação por WhatsApp para garantir celeridade na proteção às mulheres

Justiça
Músico que matou jornalista Vanessa vira réu em novo processo criminal por furto

Interior
TCE emite parecer pela reprovação das contas de 2023 da prefeitura de Ribas do Rio Pardo

Geral