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Mesmo advertido, jornal britânico publica fotos do príncipe Harry nu

24 agosto 2012 - 11h22Reprodução

Mesmo após advertência da família real, que pediu para a imprensa britânica não publicar as fotos do príncipe Harry nu, o jornal "The Sun" estampou na edição de sexta-feira (24) e em seu site as imagens "proibidas" do herdeiro.

"Ele [Harry] assume riscos com frequência em sua vida pessoal, mas tem 27 anos, está solteiro e é um militar", justificou o jornal popular. "Amamos Harry, mas publicamos estas fotos porque pensamos que os leitores do The Sun têm o direito de vê-las", acrescentou.

As duas fotos do filho mais novo do príncipe Charles, fotografado nu neste fim de semana em Las Vegas durante uma partida de "strip-bilhar" junto com uma ou duas mulheres também nuas, podiam ser vistas facilmente na internet, principalmente no site TMZ, que as divulgou. Mas até então não podiam ser observadas nos meios de comunicação britânicos, impressos ou na internet.

Apenas o blog Guido Fawkes as publicou, atrevendo-se a desafiar o pedido da família real, que afirmou que a publicação destas fotos seria uma violação da vida particular do príncipe.

Imitação
O prêmio da audácia é para o "Sun", que sob a manchete que evoca "as joias da coroa", colocou na primeira página, nesta quinta-feira (23), um repórter e uma estagiária do jornal exatamente na mesma posição e com o mesmo tipo de cordão e com a mesma pulseira que o príncipe usava nas fotos.

A maioria dos jornais ressalta o paradoxo de ver estas fotos expostas em vários sites de meios de comunicação estrangeiros, "incluindo meios de comunicação respeitáveis". "Estas imagens são vistas por milhões de pessoas na internet, mas a coroa as proíbe no Reino Unido", afirma o Daily Mail.

Investigação Levenson
No entanto, o blog Guido Fawkes reagiu com firmeza: "Esta situação ilustra a ameaça à liberdade da imprensa na Grã-Bretanha. A verdade é que o medo faz com que os meios de comunicação tradicionais se submetam devido à investigação Leveson".

Essa comissão de investigação sobre a ética da imprensa, dirigida pelo juiz Brian Leveson, deve entregar seu relatório no fim do ano, após o escândalo das escutas telefônicas de famosos pelo semanário News of the World (NotW), que precisou ser fechado.

"As regras antigas não funcionam na era da internet", afirma Guido Fawkes.

Neil Wallis, ex-editor-adjunto do tabloide News of the World Sunday, de Rupert Murdoch, disse que ele teria publicado as fotos do terceiro homem na linha de sucessão ao trono britânico antes do inquérito, mas não agora.

"O problema é que, nesta era pós-Leveson onde os jornais estão simplesmente com medo de sua própria sombra, eles não se atrevem a fazer as coisas que a maior parte do país, se visse no jornal, iria pensar ‘bem, isso é um tanto engraçado'", afirmou ele à BBC.

Seu antigo tabloide, o mais vendido da Grã-Bretanha aos domingos e que prosperou com histórias de escândalos e fofocas sobre a realeza, foi fechado no ano passado por Murdoch em meio à ira do público de que seus jornalistas tinham rastreado as mensagens de voz de pessoas desde celebridades a vítimas de crimes.

O furor estimulou o primeiro-ministro, David Cameron, a lançar o inquérito Leveson e muitos dos antigos funcionários do jornal agora enfrentam acusações criminais -- o próprio Wallis foi liberado sob fiança enquanto a polícia investiga o caso.

Consideração
A imprensa britânica tem muita consideração com a família real desde a morte de Diana, a mãe de Harry, em 1997.

No entanto, "se fosse antes da investigação Leveson, as fotos teriam sido publicadas por todos os tabloides", afirma Gary Horne, diretor do departamento de jornalismo do London College of Communication.

Mas no clima atual "a maioria dos tabloides teme irritar qualquer pessoa com poder entre as celebridades ou a família real (...) e fazem todo o possível para não contrariar Leveson enquanto redige seu relatório".

Um ex-funcionário do NotW, Neil Wallis, também considera que atualmente "os jornais estão assustados com suas próprias sombras".

A imprensa britânica, que criticou duramente o príncipe Harry em outras ocasiões, como quando se fantasiou de oficial nazista, em 2005, critica desta vez mais os guardas responsáveis por sua segurança, que permitiram que estas fotos fossem tiradas, do que o próprio príncipe.

Muitos meios de comunicação lembravam nesta quinta-feira que o príncipe de 28 anos, piloto de helicóptero militar, que deseja regressar à frente afegã, representou recentemente com honras a sua avó, a rainha Elizabeth II, principalmente em março, durante um giro pelo Caribe, ou neste mês, durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos.

Via G1

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