A Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) fez lançamento da pedra fundamental em um terreno onde será construída a sede da associação que trará um novo modelo de ressocialização para internas de Mato Grosso do Sul. O evento ocorreu na manhã desta sexta-feira, no km 362 da BR-060, saída para Sidrolândia.
Depois de pronto o prédio funcionará em um modelo humanizado, sem grades, sem celas e sem agentes penitenciários, tendo funcionários da APAC em trabalhos constantes para a orientação e integração das internas em aprendizados profissionalizantes e social. O espaço vai abrigar 40 mulheres.
De acordo com a presidente da Apac, a defensora pública aposentada Helita Barbosa Serejo Lemos Fontão, o modelo humanizado é relativamente novo no Brasil e o estado de Minas Gerais foi o primeiro a trazer esse plano, que é adotado em países como Canadá e Nova Zelândia. “Elas estarão cumprindo pena, e serão tratadas para ressocialização. As internas vão sair da Apac para nunca mais voltar a cometer crimes, o índice de reincidência é muito baixo. As próprias presas fazem suas refeições e são responsáveis pela limpeza do local”, disse. A ressocialização é integrada a espiritualidade, e segundo Helita e isso é fundamental para que as apenadas desenvolvam o lado social e humano.
Sobre a construção do prédio, é necessário que haja parcerias e verba financeira. “O inicio vai depender das parcerias e verbas conquistadas e será um sonho realizado quando ficar pronto”, explicou Helita Barbosa.
Em entrevista ao JD1 Notícias, o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, afirmou que partir do lançamento da pedra fundamental começam os esforços para a construção do prédio. O magistrado contou que será feito ao Ministério da Justiça um pedido de viabilização da verba necessária e, caso não se consiga o montante, serão feitas parcerias com empresas, ONGs e pessoas da sociedade que se comprometem a contribuir.
O vereador André Salineiro, vice-presidente da Apac, disse que o terreno foi doado pela prefeitura, e o modelo de resgate de vidas proporcionado tem sucesso onde é instalado. “Nós todos somos voluntários e acreditamos no projeto, que tem a espiritualidade presente, Campo Grande está sendo privilegiada, pois, será pioneira no estado. Seremos a primeira cidade de MS a realizar o projeto”. Salineiro também explicou que o custo financeiro de um interno da Apac é abaixo do sistema prisional comum e a reincidência é muito baixa, o que demonstra a legitimidade do projeto.
As internas terão cursos de capacitação como de corte e costura, culinária e até aulas de música. Para os integrantes da Apac, os trabalhos que serão realizados em Campo Grande colherão bons frutos e o modelo servirá de exemplo para todo o estado.

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Vereador André Salineiro, desembargador Ruy Celso, promotora Renata Goya e presidente da Apac Helita Barbosa (Divulgação/Assessoria)



