A Promotoria da Bolívia acusou na sexta-feira formalmente a técnica aeronáutica Celia Castedo, que questionou o plano de voo da companhia aérea LaMia antes do acidente na Colômbia, por diversos crimes, incluído o violação de deveres.
A acusação foi formalizada pelo promotor do departamento de Santa Cruz, Gomer Padilla, afirmando que Celia Castedo deve se apresentar para testemunhar, dentro das investigações, pelo acidente ocorrido no dia 28 de novembro.
“Estamos apresentando a acusação com a finalidade de que ela se apresente. Caso contrário, será pedido a declaração de rebeldia para mandado de prisão”, disse Padilla, segundo a agência estatal “ABI”.
Um dos crimes pelos quais a funcionária da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (AASANA) está sendo acusada é abandono de dever, afirmou.
Se ela não comparecer, a Promotoria deverá solicitar ao Brasil sua extradição, Celia viajou na última segunda-feira – de forma irregular, segundo as autoridades bolivianas – para pedir refúgio.
Celia Castedo foi a funcionária da AASANA que questionou o plano de voo do avião da LaMia que caiu na Colômbia quando transportava a delegação da Chapecoense.
A principal observação da técnica foi sobre o tempo de voo previsto entre Santa Cruz e a cidade de Medellín (Colômbia), que era o mesmo registrado para a autonomia de combustível que tinha a aeronave.
Em carta divulgada na quinta-feira em veículos de imprensa locais, Celia Castedo disse que depois do acidente foi submetida a pressões de seus superiores na AASANA para mudar o conteúdo do relatório com observações ao plano de voo da LaMia.
A AASANA suspendeu sua funcionária no dia 30 de novembro e a denunciou perante a procuradoria de Santa Cruz, de onde decolou o avião, na sexta-feira, 2 de dezembro, por não avisar seus superiores das cinco observações que realizou ao voo, entre elas a constatação que a autonomia de voo era igual ao trajeto.
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