Na sexta-feira (27) aconteceu na Assembleia Legislativa uma Audiência Pública para discutir sobre a violência no Estado. Dados apontam que em 2017 que os assassinatos em Mato Grosso do Sul são de 23,9 por 100 mil jovens, e de 2005 a 2015, 7.424 pessoas foram assassinadas no Estado. No Brasil foram registrados 62 mil homicídios. Já entre 2005 a 2015 ocorreram mais de 318 mil assassinatos envolvendo jovens.
Estes números foram apresentados durante a audiência pública ‘Fraternidade e Superação da Violência’. A proposição do debate foi do presidente da Comissão Permanente de Segurança Pública e Defesa Social, deputado Cabo Almi (PT). “A violência atinge níveis absurdos em todo o país. E cabe a todos nós contribuir para que isso não ocorra mais, e buscar alternativas para a diminuição da violência em Mato Grosso do Sul é nosso objetivo”, afirmou o parlamentar.
O arcebispo da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Dimas Lara Barbosa, destacou a importância da campanha. “Ela tem uma metodologia desenvolvida para associar a fé e a vida. Cada ano a igreja católica aborda um tema relevante para a sociedade. Em 2018 abordamos a superação de todas as formas de violência", disse.
O defensor público, Fábio Rogério Rombi da Silva, falou da relevância de ser fraterno em nosso ambiente familiar. “Não podemos esquecer-nos de termos respeito e tolerância para com os nossos familiares, temos que começar dentro de nosso lares porque só assim poderemos expandir para fora dela e neste sentido diminuir a violência”, admitiu o defensor. E ainda o promotor de justiça, Paulo Roberto Gonçalves Ishikawa, completou: “só conseguiremos superar a violência com a paz, este é o caminho”.
Depois deste debate na Assembleia será enviado um documento com todas as informações da audiência pública para todos os setores que são responsáveis pela segurança no Estado. E ainda haverá a criação de Grupo de Trabalho, com o tema Fraternidade, e será feita a proposta da unificação do número de serviço de emergência.
Sugestões apresentadas - políticas de desencarceramento e fomento das alternativas penais; priorização das políticas de assistências e de reintegração social da pessoa privada de liberdade; programas Especiais de Treinamento e Educação Cidadã Policial; políticas públicas de segurança necessitam diagnóstico; aprofundamento de intercâmbio com as universidades, movimentos sociais, e organizações não-governamentais; evitar o controle excessivo exercido pelos poderes políticos sobre as polícias, que faz com que as polícias se afastem das expectativas sociais e das demandas cotidianas dos cidadãos; mudanças na atual Lei de Drogas (11.343/2006) e a criação políticas de segurança e direitos humanos para mulheres, que devem ser pensadas em torno das especificidades da violência nas relações de intimidade e afeto.
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