A presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS), desembargadora Tânia Garcia Borges, é suspeita de interferir em um julgamento, a pedido do tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa, preso por corrupção.
O tenente-coronel foi preso em 16 de maio deste ano, acusado de dar cobertura à “Máfia do Cigarro”. A venda da sentença do julgamento foi descoberta a partir da quebra do sigilo telefônico do oficial preso.
Com a recuperação das mensagens de aplicativo no celular do militar, foram encontradas conversas que apontam para a venda de sentença. O terceiro envolvido no caso seria Dênis Peixoto Ferrão Filho, funcionário do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Nas trocas de mensagens, a magistrada e o tenente-coronel se tratam por “amor” e discutem o resultado de um julgamento. Em conversa com Dênis Ferrão Filho, o oficial insinua que “a Justiça só funciona com $”
O caso foi destaque na quarta-feira (25), no Jornal Nacional, da Rede Globo. A investigação foi aberta pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Procuradoria Geral da República a partir das revelações feitas pela Operação Oiketicus, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAEGO).
O advogado da desembargadora, André Borges, disse ao JD1 Notícias que “o caso se trata de mais um lamentável e criminoso vazamento seletivo de fato investigado sob sigilo”.
“Minha cliente já prestou esclarecimentos a respeito deles, negando envolvimento com o que foi divulgado, inclusive não tendo partido do celular dela, as conversas reveladas”, afirmou o advogado de defesa informando que a desembargadora disponibilizou seu aparelho celular para a investigação.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), não se pronunciou sobre o caso.
Confira a reportagem no vídeo abaixo:
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A defesa nega o envolvimento da desembargadora no caso (Reprodução/internet)



