Na última terça-feira (12), após ser escolhido relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da JBS Marun destacou que o fato de ser aliado do presidente Temer não o impede de assumir o cargo. “Não me sinto constrangido em ser o relator pelo fato de ser aliado do presidente Temer. Muito menos, impedido de assumir a relatoria. Vou agir como sempre fiz em minha vida pública: com coragem, firmeza e justiça”, disse o vice-líder do PMDB na Câmara.
A comissão mista (da Câmara e do Senado) foi instalada na última semana, e terá como foco investigar os empréstimos obtidos pelo grupo J&F, que controla a JBS, ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e, ainda, apurar as condições em que foi firmado, no âmbito da Operação Lava-Jato, o acordo de colaboração premiada entre os executivos da companhia e o Ministério Público Federal.
Além da relatoria de Marun, a CPMI conta ainda com duas sub-relatorias. Uma, a cargo do deputado Delegado Francischini (SD-PR), se dedicará às delações e aos contratos com o BNDES; a outra, conduzida pelo deputado Hugo Leal (PSB-RJ), se ocupará das questões fiscais, previdenciária e agropecuária.
Marun ressaltou que o poder de investigação das comissões de inquérito foi ampliado com a edição da Lei 13.367, sancionada em dezembro de 2016. “Agora os parlamentares podem pedir à justiça até a apreensão de materiais sempre que houver sérios indícios da origem ilícita de bens”, destacou o peemedebista.
Reforma da Previdência
Em seu primeiro mandato, Marun presidiu a Comissão Especial que discutiu a reforma da Previdência (PEC 287/16), tema marcado por polêmicas, sobretudo por repercutir diretamente na vida de milhões de brasileiros. A maneira como se comportou a frente de importante trabalho, Marun credita sua escolha como relator da CPMI da JBS. “Sem dúvida, a forma séria e equilibrada com que conduzi a comissão da Reforma da Previdência tem grande parte na confiança depositada em meu nome para assumir essa outra importante missão”, disse Marun.
Sobre a CPMI
A CPMI retomará os trabalhos na próxima quarta-feira (20), quando Marun apresentará o plano de trabalho da comissão.
Já foram apresentados mais de 140 requerimentos, entre eles, a convocação dos irmãos Batista e do executivo da J&F, Ricardo Saud; dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff; dos ex-ministros José Eduardo Cardozo e Guido Mantega; do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha; e do ex-procurador da República, Marcello Miller.
Todos os requerimentos passam por criteriosa avaliação antes que as convocações requeridas sejam submetidas à aprovação da Comissão.
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