O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se manifestou nesta segunda-feira (22) após a aplicação da Lei Magnitsky, pelos Estados Unidos, contra sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes.
Em nota divulgada no site institucional do STF, Moraes classificou a medida como “ilegal e lamentável” e afirmou que a ação contraria o Direito Internacional, a soberania do Brasil e a independência do Judiciário.
"A ilegal e lamentável aplicação da Lei Magnistsky à minha esposa, não só contrasta com a história dos Estados Unidos da América, de respeito à lei e aos direitos fundamentais, como também violenta o Direito Internacional, a Soberania do Brasil e a independência do Judiciário. Independência do Judiciário, coragem institucional e defesa à Soberania nacional fazem parte do universo republicano dos juízes brasileiros, que não aceitarão coações ou obstruções no exercício de sua missão constitucional conferida soberanamente pelo Povo brasileiro. As Instituições brasileiras são fortes e sólidas. O caminho é o respeito à Constituição, não havendo possibilidade constitucional de impunidade, omissão ou covarde apaziguamento. Como integrante do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, continuarei a cumprir minha missão constitucional de julgar com independência e imparcialidade."
Moraes sancionado pelos EUA
Em julho deste ano, os Estados Unidos aplicaram sanções a Alexandre de Moraes, apontando graves violações de direitos humanos, incluindo detenções arbitrárias e restrições à liberdade de expressão.
Segundo o governo norte-americano, Moraes teria abusado de sua autoridade ao emitir ordens sigilosas que obrigaram plataformas online, incluindo empresas americanas, a remover contas de críticos políticos. Ele também teria autorizado detenções preventivas consideradas injustas.
A sanção segue a Ordem Executiva 13818, que implementa a Lei Global Magnitsky, criada em 2012 durante o governo de Barack Obama. A legislação permite impor sanções econômicas, bloquear contas e bens em território americano e restringir a entrada no país de estrangeiros acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.
O governo dos EUA informou que utilizará instrumentos diplomáticos, políticos e legais para proteger a liberdade de expressão frente a ações de estrangeiros considerados violadores de direitos humanos.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Tragédia em Sumatra já deixa mais de 900 mortos após enchentes e deslizamentos

Estratégia dos EUA libera uso de força letal na América Latina

Maduro pede apoio de brasileiros no mesmo dia de ataque dos EUA

Revisão Tarifária da Sanesul prevê aumento em duas etapas e amplia tarifa social

CCJR aprova licença de 18 dias para Eduardo Riedel

Pressionado por julgamento, Netanyahu solicita indulto presidencial em Israel

Passagem de ciclone afeta quatro países e deixa quase 600 mortos na Ásia

Vídeo: Trump fala em ofensiva terrestre contra o narcotráfico na Venezuela

Tiroteio perto da Casa Branca deixa dois militares feridos nos EUA


Viviane e Alexandre de Moraes Foto: Divulgação (Foto: Divulgação)



