Neste domingo (27), ocorrem as eleições presidenciais na Argentina e Uruguai. Argentinos e uruguaios irão às urnas escolher seus presidentes e vices, senadores e deputados. Na Argentina, votam também para escolher governadores.
Na Argentina, a disputa está entre o atual presidente, Mauricio Macri, representando a coalizão Juntos por el Cambio, e Alberto Fernández, da coalizão Frente de Todos, cuja candidata a vice é a senadora e ex-presidente, Cristina Kirchner. Roberto Lavagna, que é ex-ministro da Economia, aparece como terceiro candidato pela coalizão Consenso Federal.
Em agosto, nas eleições primárias do país, que funcionam como uma grande pesquisa nacional, a chapa Fernández-Kirchner surpreendeu ao conquistar 47% das intenções de voto, mais do que os 45% necessários para vencer em primeiro turno. Macri obteve 32% mas está determinado a recuperar a diferença e levar a disputa a um segundo turno.
Após o resultado das eleições primárias, o dólar disparou e Macri se viu obrigado a lançar uma série de medidas para tentar conter a inflação e aliviar um pouco o bolso dos argentinos. O país enfrenta uma grave crise econômica e social; a inflação este ano deve chegar a 55%; 30% das pessoas vive na pobreza e os sem-teto chegam a quase 10% da população.
Além disso, a Argentina pegou um empréstimo de 57 bilhões de dólares com o FMI no ano passado e agora aguarda o desembolso de uma parcela, que só será paga após as eleições, caso haja acordo com o próximo governo.
No Uruguai, as diversas sondagens apontam para diferentes percentuais, mas todas coincidem que o partido de esquerda, Frente Amplio, do candidato Daniel Martínez, lidera o ranking, com cerca de 30% das intenções de voto. O Partido Nacional, do candidato de direita Luis Lacalle Pou, vem em segundo lugar, com 23%. Depois, aparecem os partidos Colorado, representado por Ernesto Talvi, e Cabildo Abierto, do candidato Guido Manini Rios, quase empatados, com cerca de 12% das intenções de voto.
Enquanto o Frente Amplio e o Cabildo Abierto vêm crescendo nas pesquisas, o Partido Nacional, com seus representantes conhecidos como "os blancos", e os colorados, vêm caindo. No Uruguai, para ganhar em primeiro turno, é necessário 50% dos votos mais um. O Partido Nacional aposta levar as eleições a um segundo turno. O vencedor assume a presidência no dia 20 de março de 2020. Na Argentina, a posse será dia 10 de dezembro deste ano.
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Comício final recebeu centenas de milhares de argentinos descontentes com gestão neoliberal de Mauricio Macri (Reprodução)



