O jovem Matheus Siqueira, amigo de longa data de Christian Campoçano Leitheim, acusado de matar Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, em Campo Grande, detalhou em depoimento no tribunal do júri que passou a noite e a madrugada anterior ao crime ‘cheirando’ cocaína com os réus. Tudo isso aconteceu no mesmo ambiente em que as crianças estavam.
Com um depoimento meio desconexo, o rapaz explicou como foi o dia e a noite antes do crime. Ele contou que mesmo com a Sophia doente e com dores de estômago, o casal foi com ela até um bar para jogar sinuca.
“Eles disseram que a Sophia passou mal da barriga, com intolerância a lactose, ficando meio abatida. Não lembro quando voltamos, acho que ficamos 1h30 ou 2h no bar. Ai chegando na casa da Stephanie, saímos por volta de 1h da madrugada do dia 26 (dia do crime), para comprar cocaína”, detalhou.
Sem se lembrar direito o que havia acontecido, Matheus soube apenas dizer que usaram drogas e álcool dentro da casa, com as crianças ainda acordadas, sentadas no sofá da sala. O grupo então ficou até as 4h acordados fazendo consumo de entorpecentes.
Durante seu depoimento, ele chegou a se contradizer dizendo que se recordava de ter visto mãe e filha entrando no uber para ir até o posto de saúde. Contando ainda que o réu ficou desesperado ao saber que a enteada havia falecido. Porém, momentos depois, ele declarou não se recordar de ver a acusada saído para ir até a unidade de saúde.
Em continuação, Matheus afirmou que o amigo batia com frequência na companheira. No entanto, como ele não se recorda muito bem dos fatos, não conseguiu dar mais informações a respeito do caso.
Mãe do Christian – como estratégia de defesa a mãe do acusado, Luciana Campoçano, foi arrolada para depor a favor do filho, afirmando que por diversas vezes viu Stephanie batendo na vítima, se recordando sobre um almoço de família em que a criança apanhou na frente de todo mundo.
“Meu marido ficou bravo como ela agrediu a Sophia, e isso causou um clima no almoço. A criança não queria comer a comida e acabou apanhando. Desde então não fomos mais na casa deles, e ele na nossa”, disse.
Para tentar ajudar o filho e amenizar a situação, Luciana chegou a afirmar Christian não tinha problemas com a enteada, já que ela era obediente e logo ‘não precisava levar um corretivo’. “Ele não proibia a Stephanie de nada, se ela se afastou de amigos e da família, foi por opção dela”, afirmou a mulher.
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