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Justiça

"Eles não olharam para Sophia", diz pai ao relembrar luta pela guarda antes da tragédia

Ele afirmou que, se tivessem dado atenção ao pedido de guarda, o desfecho poderia ter sido diferente

04 dezembro 2024 - 08h33Vinícius Santos     atualizado em 04/12/2024 às 08h33

O julgamento de Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim, acusados pela morte de Sophia de Jesus Ocampo, teve início nesta quarta-feira (4) em Campo Grande. O crime, que ocorreu em janeiro de 2023, chocou o país. 

Stephanie, mãe de Sophia, enfrenta acusações de homicídio qualificado e homicídio doloso por omissão. Christian, padrasto da menina, é acusado de homicídio qualificado com agravantes de crueldade e motivo fútil, além de estupro.

Jean Carlos Ocampo, pai de Sophia, chegou ao fórum acompanhado por familiares e seu companheiro. Ele concedeu entrevista à imprensa, na qual expressou sua busca por justiça e a profunda dor que carrega. "O que a gente mais espera é que a justiça seja feita, né? De verdade, que a justiça seja justa com a Sophia", desabafou. 

"Esse (possivel condenação) é um dos maiores, é, eu acho que assim, alívio que vai dar no nosso coração. Curar a dor nunca vai passar, porque a saudade dela é todos os dias, é em todo momento, é tudo quanto é coisa que nós vamos fazer, né? Mas neste momento, hoje, dia 4, dia 5, o desejo do meu coração, do Igor (companheiro dele) e dos demais que amam Sophia é que a justiça seja feita."

Enfrentando a difícil tarefa de reviver os momentos que antecederam a tragédia, Jean Carlos admitiu: "Não tá fácil ficar aqui, não. Não tá fácil vir aqui. Eu sei que eu vou ouvir muita coisa que vai é me machucar, entendeu? Mas eu tô aqui por ela, eu tô aqui pela Sophia." A necessidade de buscar justiça o impulsiona a enfrentar a dor de ter que rememorar o sofrimento da filha.

Indagado sobre sua preparação para o julgamento, Jean Carlos foi contundente, "Olha, se eu falar para você que eu tô preparado, eu tô mentindo. Eu não tô, entendeu? Acho que eu nunca vou estar preparado, sabe? Mas eu tô aqui e tô aqui por ela."

A lembrança de Sophia traz um sorriso triste ao rosto de Jean Carlos. Ele descreve a alegria que a filha trazia para suas vidas: "A alegria, né? A alegria, a felicidade dela era uma coisa que contagiava a nossa casa. Hoje em dia ficou cinza, não tem graça, sabe? A gente tenta ressignificar as coisas, tenta buscar por continuar vivendo. E às vezes não não dá. Aí vem a lágrima. Vem a tristeza."

Jean Carlos também revelou que, antes da morte de Sophia, ele e a família buscaram a guarda da menina na Justiça, mas não obtiveram sucesso. "Eh, foi um trâmite que demorou, né? Não teve um um desfecho." 

Ele acredita que houve negligência por parte da justiça: "Naquele banco ali, não é só os dois que tinham que está sentado ali, é mais gente que tem que tá ali. Porque eles não olharam pra Sophia. Se olhassem para ela pelo menos desse importância pelo que nós estávamos falando, o grito de socorro que nós estávamos pedindo, a o desfecho dela seria outro", destacou.

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