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Justiça

Militar que matou empresário no Procon estava com registro da arma vencido desde 2015

Em audiência, PM reformado disse que carregava pistola por "costume" da época que estava ativo na força policial

25 agosto 2023 - 15h33Pedro Molina e Brenda Leitte    atualizado em 25/08/2023 às 17h01

Aconteceu nesta sexta-feira (25) a segunda audiência sobre o assassinato de Antônio Caetano de Carvalho, morto no início deste ano dentro do Procon-MS. Hoje foi ouvido o assassino do empresário, o policial militar reformado José Roberto de Souza.

Além de José, a conciliadora presente na sala no momento do crime, Valéria, também deveria ser ouvida hoje, porém, ela não foi encontrada pela justiça para ser intimida a depor.

Um dos destaques da audiência foi o PM reformado ter afirmado que, apesar de estar com o porte de arma vencido desde 9 de fevereiro de 2015, sempre carregava a arma com ele por “costume” de quando ainda estava ativo como policial.

Compra do veículo e problemas com manutenção

Em seu depoimento, José explica que saiu da força policial por problemas psicológicos há cerca de 8 anos atrás. “Tive problema de saúde, ansiedade e depressão, não estava apto, e então fui colocado na reserva”, explicou.

Logo após deixar a Policia Militar, José conta que começou a trabalhar com obras e reformas, além da construção de casas para alugar, uma das fontes de renda.

Com o dinheiro, adquiriu uma SUV, modelo SW4, que se tornaria a motivação do assassinato.

“No conserto do motor do carro eu fui roubado, injustiçado e extorquido. Foi o maior prejuízo da minha vida”, relatou o PM reformado.

Segundo José, eram tratados valores menores que os cobrados pelo empresário, situação que se escalou com o tempo.

“Na primeira vez que consertou paguei R$ 30 mil. Por problemas, tive que voltar lá para ele mexer novamente, e nisso me cobrou mais peças e outros valores. Pela terceira vez voltei lá e não tive retorno também. Foi quando pedi para ele me devolver o dinheiro que iria em outro lugar para arrumar meu carro. Ele me insultou, falou ‘só porque você é um neguinho acha que tem mais direito do que os outros?’”, detalhou.

Ele afirma que, foi aí que começaram os insultos, com Caetano colocando cor até mesmo em seu dinheiro, falando que o “dinheiro era de preto”.

“Para mim ele não passa de um ladrão. Ele jogou minha imagem no lixo, isso destrói a vida de qualquer ser humano”, afirmou.

Conciliação e o crime

Na sexta-feira anterior ao crime, dia 10 de fevereiro, aconteceu a primeira audiência de conciliação entre José e Caetano na sede do Procon-MS em Campo Grande, porém, não houve acordo entre as duas partes e uma segunda audiência foi marcada para segunda-feira, dia 13 de fevereiro.

Segundo José, Caetano chegou na audiência com “presentinhos” para a conciliadora, como uma forma de “comprá-la”.

Ele afirmou que, assim como na audiência passada, estava armado. Apesar de sempre andar com sua arma, seu porte estava vencido desde fevereiro de 2015.

“Toda vida eu andei armado. Era um costume, de policial. Nunca tinha mostrado arma para ninguém, ameaçado ninguém. Eu nem queria ter ido na segunda audiência, cheguei atrasado até, porque para mim não íamos chegar a lugar nenhum, não tinha acordo entre eu e aquele homem”, afirmou.

“Eu dei os disparos porque ele me ofendeu novamente, sobre minha cor e minha honra”, completou.

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