A Operação Tromper, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), resultou em uma série de condenações após desarticular um esquema de corrupção envolvendo fraudes em licitações no Município de Sidrolândia. O juiz Bruno Henrique dos Santos Bueno Silva foi responsável pela condenação dos primeiros denunciados, com penas que chegam a mais de 37 anos de prisão.
Essa etapa da operação representa apenas o início da ação judicial, que já está em sua quarta fase. O ex-vereador de Campo Grande, Claudinho Serra, preso desde junho após a quarta fase da operação, não foi condenado nesta fase específica.
O primo do prefeito de Sidrolândia, Tiago Basso e Milton Matheus Paiva Matos, que fizeram a delação premiada, não foram condenados nesta fase. Tiago será julgado em outra ação, enquanto Milton teve seu processo suspenso e desmembrado.
Segundo as investigações, o esquema estava em funcionamento desde 2017, utilizando empresas de fachada para fraudar os processos licitatórios e desviar recursos públicos, gerando grandes lucros ilícitos. O Ministério Público Estadual (MPE) denunciou 22 pessoas por integrar uma organização criminosa voltada a fraudar licitações e desviar dinheiro público.
Principais condenações
Ueverton da Silva Macedo (Frescura), apontado como um dos líderes do esquema, foi condenado a 37 anos e 9 meses de prisão por planejar licitações fraudulentas e utilizar empresas de fachada para se beneficiar.
Ricardo José Rocamora Alves recebeu 28 anos e 8 meses de prisão por organização criminosa, peculato, corrupção ativa e fraude em licitação. Ele e Frescura ainda terão que pagar cerca de R$ 350 mil em multas.
Antônio Carlos Nogueira Cardoso foi condenado a 16 anos e 4 meses por peculato e fraude em licitação.
Edvaldo Ferreira de Souza recebeu 13 anos e 7 meses de pena, enquanto Everton Luiz de Souza Luscero foi condenado a 15 anos e 9 meses.
Flávio Trajano Aquino dos Santos foi condenado a 8 anos e 4 meses.
Condenações em regime semiaberto:
César Augusto dos Santos Bertoldo: 5 anos e 6 meses.
Odinei Romeiro de Oliveira: 4 anos e 9 meses.
Absolvições e delação premiada:
Além das condenações, o MPE destacou a importância da atuação do grupo criminoso, que criava e usava CNPJs falsos para ganhar licitações, e fraudava contratos com a Administração Pública. As investigações indicam que parte dos recursos desviados era utilizada para o pagamento de propinas a funcionários públicos.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Por matar o amigo da ex, homem pega 18 anos de prisão em Campo Grande

STF estabelece altura mínima para cargos em segurança pública; entenda

Ministro que declarou Bolsonaro inelegível sofre sanção dos EUA

'Preso' em casa, Moraes manda defesa decidir se Bolsonaro quer dar entrevistas

GCM afastado por agredir suspeito quer reconsideração da Justiça e arma de volta

STF estabelece regras de altura para concurseiros a cargos de segurança pública

Van dos Direitos atenderá indígenas em Dourados na próxima semana

Condenado por matar "Opalão do PCC" tenta anular julgamento em recurso

Homem enfrenta júri em Campo Grande por matar amigo da ex em bar
