A preservação do Pantanal deve ganhar destaque na COP30, que será realizada em novembro de 2025, em Belém (PA). O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP) e representantes da organização da conferência climática reforçaram, na manhã desta terça-feira (30), que o bioma, um dos mais ricos em biodiversidade do mundo, será levado como exemplo de soluções locais para o combate às mudanças climáticas.
Ana Toni, CEO da COP30, ressaltou que o Brasil tem a missão de mostrar ao mundo a diversidade de seus biomas e como cada um oferece alternativas próprias de sustentabilidade. “O Pantanal tem muitas soluções que precisamos dar visibilidade. A COP é o lugar certo para mostrar que não existe uma única solução para o Brasil ou para o mundo, mas sim estratégias que unem produção, preservação e prosperidade para as pessoas”, afirmou.
Riedel, destacou que o Estado já possui instrumentos concretos para equilibrar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. Ele citou a Lei do Pantanal, que criou mecanismos como o Fundo Clima e programas de pagamento por serviços ambientais a produtores que mantêm áreas preservadas.
“São ações reais que vamos apresentar como exemplo na COP. O Pantanal está no centro da nossa estratégia, e queremos mostrar que preservação também gera oportunidades”, disse.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, reforçou a importância da participação dos estados e municípios nas negociações climáticas. Para ele, a COP30 será marcada pela presença dos chamados governos subnacionais.
“Não se trata apenas de uma agenda dos governos centrais. São os estados e municípios que implementam as políticas no dia a dia. O Pantanal, por exemplo, mostra como legislações locais e fundos regionais podem se transformar em soluções globais”, afirmou.
Além de colocar a Amazônia em evidência, a conferência em Belém busca dar voz a todos os biomas brasileiros. Nesse sentido, encontros preparatórios — as chamadas pré-COPs — estão sendo realizados em diferentes regiões, incluindo o Pantanal, para garantir que as propostas não se limitem ao bioma amazônico.
Segundo os organizadores, três marcas devem orientar a COP30: a defesa do multilateralismo, a centralidade da preservação dos biomas no combate às mudanças climáticas e a valorização dos instrumentos econômicos que estimulam produtores e comunidades a proteger a natureza.
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Eduardo Riedel (PP) e representantes da organização da conferência climática se reuniram nesta terça-feira (Sarah Chaves/JD1)




