Contudo, não é a este amor de “fora” a que me refiro, a falta que está nos destruindo e que destaco em meu novo livro O Mapa da felicidade, é do amor de “dentro”. Este é o maior amor do mundo. O amor-próprio. O amor que devotamos a nós mesmos e que vai além daquilo que lemos em matérias de revistas ou vemos em publicidade de cosméticos.
Você tem amor por si? Responda com sinceridade. Quando cada um descobre essa capacidade e se apropriadela de modo integrado, promove um relacionamento muito melhor consigo mesmo. Dessa forma, instala-se em você a vontade de fazer o melhor por si mesmo (muitas ciências sociais teorizam que é da natureza humana agir em benefício de si, sem que isso signifique prejudicar outrem). A riqueza está também em constatar que as relações com todos os que estão a sua volta, parentes, amigos, sociedade, ganham em qualidade, amorosidade e compaixão.
No amor condicional, vivemos à espera de que os outros nos amem, nos respeitem, nos considerem. Para isso, inclusive, usamos de alguns artifícios: compramos presentes, somos bonzinhos, cuidamos com mimos, fazemos de tudo para ganhar reconhecimento e cobrimos as pessoas de agrados. Por vezes, podemos também nos tornar muito exigentes e cobradores, por ser esta uma forma de como aprendemos, inconscientemente, a representação de amor na infância – afinal, fomos ‘exigidos e cobrados’ pelo amor dos nossos pais ou educadores.
Amar-se significa fazer tudo isso primeiro para si mesmo. Você se trata como a um amigo a quem admira? O segredo, como a maioria deles, é simples, mas difícil de ser colocado em prática. Você quer o amor dos outros? Elevem quando você começa a se amar. Quer reconhecimento?
Reconheça-se. Quer respeito? Respeite-se. Quer felicidade? Seja feliz no agora. Tudo se realiza, primeiro, dentro de você.
O amor-próprio é, portanto, um amor incondicional. Nele eu me amo com todo o meu bem e com todo o meu mal. Com todos os meus erros e as minhas dificuldades, em todas as vezes que piso na bola e faço algo de que não me orgulho. Com todos os meus acertos e as minhas qualidades. Com aceitação verdadeira. Não me amo apenas se eu fizer o bem ou conseguir bons resultados.
Ao longo dos anos, aprendi a metáfora perfeita para nosso poder criador: somos uma usina geradora de energia. O que estou colocando dentro de mim alimentará meus resultados. O que eu gerar é o que vou atrair. Assim, se tenho amor por mim, atrairei amor. O que você está colocando dentro de si para ser a usina geradora de sua positividade e sua felicidade?
Heloísa Capelas - autora do livro recém-lançado, o Mapa da Felicidade (Editora Gente). Especialista em Autoconhecimento e Inteligência Comportamental, atua no desenvolvimento do potencial humano há cerca de 20 anos.Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Opinião
OPINIÃO: RMCom: 60 anos O abraço que atravessa gerações

Opinião
Desinformação eleitoral e inteligência artificial: os novos limites da liberdade de expressão

Opinião
Opinião: 'O Agente Secreto' e a sensação de 'já acabou?'

Opinião
OPINIÃO - MS Cannabis: ciência, futuro e oportunidade

Opinião
Opinião - COP30: Um chamado global que começa em cada gesto nosso

Polícia
VÍDEO: Motorista atropela duas crianças e foge sem prestar socorro em Três Lagoas

Justiça
Justiça de Sidrolândia será a primeira a usar novo sistema eproc do TJMS

Opinião
OPINIÃO: O novo desafio da educação

Justiça
Defensoria do RJ aciona o STF após ser impedida de acompanhar perícias de mortos

Opinião






