É a quarta “empresa” que mais gasta no Brasil e só perde para Unilever (R$ 4,6 bilhões), Casas Bahia (R$ 3,4 bilhões) e Laboratório Genomma (R$ 2,5 bilhões), fabricante de produtos farmacêuticos e de beleza. A gigante AMBEV, por exemplo, gasta perto de R$ 1,8 bilhão por ano.
A grande diferença é que o governo gasta o dinheiro do nosso imposto nessa área, quando falta tudo em outras áreas prioritárias. Corta-se verba para tudo, menos para a manutenção de 39 ministérios com um gasto aproximado de R$ 60 bilhões por ano e sua máquina de propaganda para mostrar ao povo suas “conquistas”.
Enquanto isso, a inflação e o desemprego aumentam, as verdadeiras conquistas sociais diminuem e o povo não sabe o que fazer. Recentemente foi descoberto que a Petrobras tem 1.146 funcionários em sua área de comunicação. Desse total perto de 60% são terceirizados e trabalham dentro da própria empresa, com crachás especiais. Esse batalhão de funcionários era comandado desde o início do governo Lula pelo sindicalista Wilson Santarosa, indicado pelo PT, que foi demitido pela nova diretoria, após a saída de Graça Foster durante a Operação Lava Jato.
Esse pessoal não inclui os blogueiros, atores e cantores que a Petrobras compra com projetos culturais e verbas de publicidade. Para termos uma ideia, uma empresa do mesmo ramo de negócios, a Shell, fatura o triplo da estatal brasileira e tem menos de 50% de gente nessa área. A norueguesa Statoil fatura mais da metade da Petrobras com aproximadamente 170 pessoas na área de comunicação.
Esse quadro absurdo de pessoas nessa área gasta cerca de R$ 1,8 bilhão por ano. Esses números de funcionários e gastos não contam subsidiárias, como a Transpetro e BR Distribuidora. Se formos comparar com grandes empresas de outros ramos, a diferença fica ainda mais gritante: a Cia Vale, por exemplo, emprega perto de 35 funcionários nessa área, o Banco do Brasil tem, aproximadamente, 105 funcionários, e assim por diante.
Temos que passar esse País a limpo e mudar essa situação. Governo e empresas estatais são para servir o povo, trazer divisas para o País e não para cabide de empregos, desvios absurdos de dinheiro (vide Mensalão, Petrolão, etc..) e serviços de propaganda para mostrar um mundo de fantasias para o povo.
Célio Pezza - escritor
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