Sempre prontos e alertas para o que der e vier e, isso é permanente, faça chuva, faça sol, nos mais diferentes lugares, sob qualquer temperatura. Onde for preciso lá se fazem presentes os “homens do combate ao fogo” ou “homens do fogo”, uma denominação popular creditada a esses guerreiros do dia a dia, exemplo de dedicação peculiar, em benefício do povo, seja de qualquer classe social, etnia, credo, mas na mente o lema: “Vidas alheias e riquezas salvar”.
Ser Bombeiro não é para qualquer um não, exige do homem e da mulher muito senso de equilíbrio, concentração, preparação, treinamento contínuo, aptidão física e gostar muito do ser humano, dos irmãos em Deus e amar a natureza.
É um trabalho árduo que, consiste em ficar na dependência dos acontecimentos, e a partir da convocação não tem hora para terminar. Durante o dia são inúmeros os chamados, de todo tipo. Eles atendem, prestam socorros nos acidentes de transito quando há vitimas, nos combates a incêndios em áreas urbanas, industriais e florestais, tem aquartelamento nos aeroportos para atendimento rápido e seguro as instalações e aeronaves.
E, não fica só nisso, agem em salvamentos e em buscas aquáticas (resgate de corpos ou de bens submersos), em cortes de árvores na iminência de cair, na captura de animais soltos em vias públicas, sejam eles domésticos ou selvagens. Também fazem fiscalizações em prédios, indústrias, estabelecimentos públicos e privados. Prestam segurança contra incêndio e pânico em locais de espetáculos ou de permanência de autoridades.
O prazer dos Bombeiros é o de ajudar, contribuir para o bem das pessoas. Diariamente lidam com vidas alheias, acrescente-se aí o lado familiar, uma preocupação constante, ainda mais no tempo presente, com a tendência de inversão dos valores. Quem é pai ou mãe tem noção do que queremos dizer, infelizmente.
Os Bombeiros são profissionais capacitados, são verdadeiros anjos da guarda da população, por exemplo, basta chover um pouco além da conta, ou ocorrer um temporal, ventos fortes, em seguida são acionados para acudir os necessitados ou para desobstruir ruas, logradouros públicos, residências e etc. e tal.
Na verdade, os Bombeiros são homens e mulheres que vivem de emoções sem perder a razão. Eles têm mais de mil histórias para contar num crescente proporcional ao tempo de serviço na instituição.
Imaginem uma pessoa que sai de casa para o trabalho, anos após anos e, cada dia se depara novidades, sem ter condições de escolhas. O seu trabalho, onde exercer seus préstimos é surpresa, exceto os dias destinados para treinamento obedecido plano de escalas. Ninguém sabe o que vai acontecer e onde, então eles ficam de prontidão. Ao toque do alarme, cada um sabe o que tem de executar e em equipe seguem para “o teatro de operações”, tudo resolvido retornam a base, missão cumprida. Mesmo antes do retorno pode acontecer de terem de atuar noutro incidente, até por estarem nas imediações, se podemos dizer; de nova ocorrência.
Os desafios são corriqueiros na vida dos Bombeiros, principalmente quando está em jogo a vida. Por exemplo, a vida de uma parturiente, a vida do feto, a vida do recém nascido, sob seus cuidados, antes, durante e após a intervenção. Ocasiões que cada segundo é importante. E, constantemente há registros de partos realizados pelos Bombeiros.
Nessas oportunidades seus semblantes irradiam alegria, sorrisos aparecem nos rostos dos componentes das equipes que realizaram partos com sucesso. Ou no resgate de pessoas encobertas pelos escombros. Ficam tão felizes, a ponto de lagrimas escorrerem, numa emoção inconteste. São feitos que acontecem, a maioria deles anonimamente.
Há os mais simples que pareçam, porém merecem o nosso agradecimento. Assim, foi na montagem da “árvore dos poemas”, localizada na confluência da Rua 14 de Julho e Avenida Afonso Pena, nesta capital, um projeto de Delasnieve Daspet. Naquele local compareceu a guarnição composta pelo sargento Magno (chefe), sargento GREFF, cabo Milton e soldado Dimas. Os membros da equipe ajudaram a fixar “os frutos” nos galhos da veterana ingazeira, rapidamente, com eficiência e segurança. Efetivamente prestaram serviço à cultura ao proporcionar que pessoas pudessem colher “os frutos” desejados.
E, há uma correlação entre a cultura e Corpo de Bombeiros. Dom Pedro II, homem muito culto, gostava de ler e de se corresponder com intelectuais, usufruiu da amizade de muito deles. Em 2 de Julho de 1856, pelo Decreto Imperial n.º 1.775 criou o Corpo de Bombeiros Provisório da Corte. Posteriormente, tornou-se patrono dos Bombeiros.
Aos briosos homens e mulheres do Corpo de Bombeiros, nossa gratidão imensurável pelos atos praticados e a praticar em prol da humanidade.
Nelson Vieira é membro da AMLMS e AACLCA.
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