Anderson Vicente Chagas, de 45 anos, assassinado a tiros nesta Sexta-feira Santa (29), próximo à residência em que morava no Núcleo Habitacional Universitárias, em Campo Grande, já enfrentou a justiça uma vez, após ser acusado de um homicídio de um jovem, em 2017, na Homex. Porém, ele foi absolvido no Tribunal do Júri em setembro do ano passado.
O caso em questão, segundo consta nos autos do processo, aconteceu na comunidade, quando Baygon, acompanhado de três indivíduos: Alex Maklin Gonzaga, Edi Carlos Pereira da Silva e Israel Rodrigues Lopes, agiram para matar Hugo Pereira dos Santos, em junho daquele ano.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público, o quarteto chegou em um carro Fiat Pálio na residência da vítima, que estava acompanhada dos seus dois filhos menores, quando teve seu nome chamado. Os indivíduos entraram na residência e disseram "nego safado, talarico", tendo colocado Hugo no veículo e levado para um local ignorado.
Antes de ser levado, Hugo chegou a pedir desculpas para o filho que assistiu toda a cena.
Em um local desconhecido, a vítima foi alvejada por diversas vezes e mesmo ferido, conseguiu pedir ajuda para uma pessoa que passava nas imediações da BR-262, que acionou o Corpo de Bombeiros. Uma terceira pessoa, em uma Fiat Strada, se prontificou em ajudar e levá-lo para atendimento médico, mas diante da gravidade dos ferimentos, Pereira não resistiu e morreu.
Conforme apurado pelo JD1 Notícias, o processo correu normalmente e todos foram pronunciados a encarar o Tribunal do Júri. No dia 26 de setembro de 2023, todos os quatro envolvidos foram absolvidos pelo Conselho de Sentença da acusação de prática de homicídio doloso simples.
O Ministério Público, contudo, não aceitou a decisão. Em 16 de fevereiro deste ano, apresentou uma manifestação em que pede um novo julgamento no Tribunal do Júri, entendendo que a decisão não está de acordo com que foi apresentado durante o processo. "[...] em suas razões recursais, pleiteia pelo reconhecimento da decisão do Conselho de Sentença como contrária à prova dos autos", diz trecho do documento.
Morte cruel - Baygon foi morto com mais de 10 disparos que atingiram cabeça, rosto, tórax e braço, e o suspeito dos tiros fugiu na sequência, recebendo apoio de um veículo que estava nas imediações do crime.
Informações apuradas pelo JD1 Notícias no local dos fatos, apontam que haviam 16 perfurações pelo corpo de Baygon, como a vítima era conhecida. Essas perfurações consistem em entradas e saídas, e foram localizadas 12 cápsulas do armamento utilizado pelo crime, mas a polícia não revelou de qual calibre seria.
A reportagem também apurou que Chagas estava próximo à residência onde morava e foi surpreendido pelo atirador. Testemunhas relataram ouvir os disparos e ao verificar o que havia acontecido, escutaram mais disparos e um carro saindo em disparada - há a suspeita que possa ser um Volkswagen Gol.
Baygon tinha passagens criminais nesses anos de vida. Seu passado apontava para mais de 20 anotações, onde a reportagem também apurou que na lista contém: homicídio, posse de arma de fogo, ameaça no âmbito da violência doméstica, injúria, furto e porte de drogas.
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