A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, após extensa diligência, identificou o criminoso responsável pelo violento roubo à mão armada em um condomínio de luxo na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, que morreu em confronto com agentes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF) na manhã desta sexta-feira (21).
O delegado Edgard Punsk, da DERF, deu mais detalhes sobre a ação do criminoso, identificado como Michael, de 42 anos, que agiu sozinho na data e utilizou de violência e ameaça para roubar dinheiro, joias e armas da família em 2 de dezembro do ano passado.
“Ele rendeu, amarrou essas pessoas, procedeu com tortura psicológica, a fim de conseguir o que ele intentava, que era joia, dinheiro e arma. Na ocasião, ele subtraiu quatro armas de fogo, um fuzil e três armas curtas, 15 mil dólares, cerca de 10 mil euros, algumas joias, totalizando um prejuízo de R$ 500 a 600 mil para essa família”, explicou.
Punsk deu detalhes para o comportamento incomum do criminoso, que agiu sozinho durante o crime, fugindo do padrão de agir em conjunto com outros membros para realizar esse tipo de roubo.
“Após ele ter saído, ele fugiu de maneira incomum, agindo sozinho, não é um tipo de crime em condomínio de alto padrão, pessoas geralmente agem em conjunto. Esse indivíduo demonstrou que ele possui uma expertise e já desde o princípio suspeitamos que ele não era do Estado de Mato Grosso do Sul”, comentou.
O delegado explicou que, por meio das câmeras de segurança da prefeita espalhadas pela cidade, foi possível identificar o percurso completo do criminoso na data.
“Após algumas investigações, identificamos, inclusive pelo circuito de câmeras da prefeitura, todo o percurso que ele fez naquele dia no centro da cidade e alguns outros bairros, e conseguimos identificar o veículo que ele utilizava. Não era um veículo de apoio, era dele mesmo, e depois conseguimos determinar que ele fugiu para o interior de São Paulo, mais precisamente para a cidade de Mirandópolis”, explicou.
Edgard comentou que a DERF representou por um mandado de busca e apreensão, além de prisão preventiva do criminoso, em Mirandópolis.
“Equipes da DERF estiveram em Mirandópolis no início da semana, a fim de cumprir essas ordens judiciais, conseguimos cumprir os mandados de busca, mas não conseguimos cumprir o mandado de prisão, pois em parceria com a Polícia Civil de São Paulo, identificamos que ele havia saído há pouco da cidade de Mirandópolis, e por ironia do destino, ele teria voltado para a cidade de Campo Grande”, detalhou.
Confronto
Após mais uma série de diligências, a polícia conseguiu identificar a nova residência do criminoso, em um condomínio de kitnets, e realizou a abordagem na saída do local nesta sexta-feira, onde ele entrou em confronto com a polícia e foi ferido.
“Ele resistiu a abordagem, houve um confronto com equipes da DERF, o indivíduo foi alvejado, resgatado à Santa Casa, mas faleceu”, comentou o delegado.
A polícia apreendeu duas armas de fogo com ele e cerca de 2kg de maconha em tabletes na casa, mostrando intenção de dar início ao tráfico de droga em Campo Grande.
“Ele possui diversas passagens com crimes, com bastante violência, a caminhada dele no crime, o início dele no crime, foi no ano de 2003, em que ele rendeu também uma família, na região metropolitana de São Paulo”, contou o delegado, dando mais detalhes do histórico de Michael. “Amarraram essas pessoas, agrediram jovens lá com coronhadas, atearam fogo em uma pessoa viva”, completou.
O criminoso até chegou a ser condenado a 33 anos de prisão ainda em São Paulo, mas deixou o sistema prisional após cumprir cinco anos, e continuou cometendo outros crimes, mas somente no estado de São Paulo.
O delegado explica que, inicialmente, a escolha de Campo Grande como alvo de seus crimes foi aleatória, já que ele não possuía vínculos na Capital.
A companheiro de Michael contou à polícia que ele classificou Campo Grande como uma cidade onde ele poderia “prosperar” com novos roubos.
“Segundo ela, ele disse que aqui seria uma cidade onde ele poderia prosperar, então ele queria fazer morada em Campo Grande, nós acreditamos que em verdade ele veio para observar novos condomínios, ou enfim, para poder praticar novos crimes, ela nos revelou inclusive, que ele dizia para ela que ele tinha predileção por praticar roubos e furtos em residências de alto padrão, porque o objetivo dele sempre eram joias e armas”, detalhou.
Com a morte, o caso foi encerrado.
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