Um homem de 62 anos foi parado em uma blitz na rodovia AL-210 em Paulo Jacinto, em Alagoas, na quarta-feira (10), e, ao ser questionado pelos agentes sobre a carteira de habilitação, apresentou um documento em nome do padre Cícero e Frei Damião, no verso.
Ele explicou aos policiais que havia adquirido a CNH em Juazeiro do Norte, no Ceará, há oito meses e o vendedor assegurou que o “documento” seria válido em todo o país.
O comandante do Batalhão de Polícia Rodoviário da região (BPRv), tenente-coronel Liziário, e a equipe operacional da polícia explicaram ao homem que ele tinha sido vítima de um golpe. Ele se exaltou e insistiu que o vendedor tinha razão.
Ao G1, o coronel Liziário, explicou a situação. “As equipes orientaram que aquilo ali [a carteira] não existia, que ele foi enganado. Mas o homem alegou que estava certo e discutiu com a guarnição. Ele fez a maior confusão com a equipe achando que o vendedor estava certo. Acho que o rapaz vendeu a carteira porque viu que o homem era de certa idade, um pouco ingênuo”, disse.
De acordo com os policiais que fizeram a abordagem, o homem pilotava uma motocicleta sem capacete, sem placa e sem retrovisor e ainda carregava na garupa a neta de apenas 7 anos. Com o documento do veículo, ele portava apenas uma nota fiscal que atestava a compra.
A carteira de motorista tinha o nome, foto e ano de nascimento de Frei Damião, frade italiano, e do outro lado as mesmas informações, só que do Padre Cícero. Ambas figuras religiosas muito respeitadas no Nordeste morreram em 1997 e 1934, respectivamente.
Os policiais rodoviários informaram ainda que não autuaram o homem por fraudar a documentação necessária para pilotar, porque entenderam que o “documento” era apenas uma lembrança.
“Ele recebeu todas as notificações que preconizam o CTB [Código de Trânsito Brasileiro], mas como nós estávamos sem o guincho, nós não recolhemos a moto dele. E como a gente viu a situação, já um senhorzinho com criança, a gente colocou a moto em cima da caminhonete, colocamos os dois na viatura e levamos até a residência dele”, informou o comandante do BPRv.
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Ele explicou aos policiais que havia adquirido a CNH em Juazeiro do Norte e o vendedor assegurou que o “documento” seria válido em todo o país (Reprodução)



