Dias antes de a ‘bomba’ estourar dentro de uma escola particular do Bairro Santa Fé envolvendo uma professora, uma mãe teria levado a filha até a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), na tarde de segunda-feira, dia 9 de maio.
Conforme consta na ocorrência, a menina, de apenas três anos, estuda na instituição há apenas sete meses e tudo ia bem. Porém, há pouco tempo a criança passou a não querer mais ir para a aula, mesmo assim, a mãe levava a filha.
Por motivos de saúde, a menina deixou de ir para a escola durante um mês, mas quando melhorou e precisou voltar as aulas demonstrava o mesmo sentimento de não querer ir para a instituição.
A menina passou por atendimento no setor psicosocial, mas não expressou nada com palavras. Através de gestos, ela mostrou e deixou claro que a professora pegou em sua genitália, demonstrando desconforto.
Apenas na quarta-feira (11), outros dos pais procuraram a DEPCA para poder registrar um segundo boletim de ocorrência de estupro de vulnerável e também de agressão.
Sinais
Na frente da delegacia, a mãe de outra menina abusada contou chorando os sinais que a filha passou a apresentar após o caso.
"Ela chupou meu dedo, reclamava de dor na genitália, não queria que desse banho, passou a ficar retraída. Passei por isso praticamente sozinha. Ao perguntar pra ela quem tinha feito aquilo [chupar o dedo], ela me contou que tinha sido a professora na hora do recreio", disse.
A mãe relatou ainda que durante reuniões na escola, não foi acolhida e também se sentiu coagida pela diretora. "Na primeira reunião falei com a psicóloga, ela chegou a me dar algumas devolutivas. Já na segunda reunião, tinha mais cinco pais lá e eu me senti coagida. Não era esse o tratamento que eles deveriam dar a uma mãe em um momento como esse", lembrou ela chorando.
A menina atualmente está sendo atendida por uma psicóloga e passando por tratamento com ginecologistas.
O caso
Uma professora de uma escola particular do Bairro Santa Fé, está sendo acusada de abusar sexualmente de seus alunos desde o ano de 2020. O caso foi denunciado pela mãe de um menino de 4 anos a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), na manhã de quarta-feira (11), em Campo Grande.
Em um segundo boletim de ocorrência, a mãe de outra aluna, de 3 anos, foi informada pela filha que a professora teria batido nela e em uma amiguinha. A criança contou que um colega de turma teria visto a agressão.
O caso agora segue sendo investigado pela DEPCA.
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