A Polícia Federal, deflagrou na manhã desta terça-feira (10), a segunda fase da Operação Porteira Aberta, ação visa combater o esquema de pagamento de proprina da JBS para servidores públicos de fiscalização sanitária federal emitirem certificados sanitários sem terem de fato fiscalizado/inspecionado o abate de animais na empresa.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Barra do Garças/Mato Grosso, que investigou que o pagamento de propina vinha ocorrendo nas unidades da empresa situadas nos municípios de Anápolis/Goiás, Campo Grande/Mato Grosso do Sul (MS), Cassilândia/MS, Barra do Garças/MT, Confresa/MT, Cuiabá/MT, Diamantino/MT, Pedra Preta/MT, Vila Rica/MT, São José dos Quatro Marcos/MT, Água Boa/MT, Matupá/MT e Ponta Porã/MS. Os valores destinados ao pagamento de propinas eram registrados na contabilidade das unidades da empresa como despesas de consultoria e marketing ou serviço de inspeção federal.
Mais de 60 policiais federais, participam da ação, seis estados: Mato Grosso, Goiás, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, com apoio do Ministério Público Federal, em 15 mandados de busca e apreensão na casa dos fiscais sanitários, e também determinou o sequestro de bens e valores pertencentes a 4 Fiscais Federais Agropecuários, totalizando R$ 5.080.200,00.
A segunda fase é resultado da análise dos dados bancários dos investigados, dos documentos contábeis apreendidos durante a deflagração da primeira fase (15/06/2018), os quais apontaram o pagamento de R$ 1.860.700,00 em propina
apenas na unidade de Barra do Garças/MT.
Os colaboradores afirmaram que houve o pagamento de, no mínimo, R$ 6.092.200 em propinas aos agentes públicos envolvidos. As propinas variavam de R$ 5 mil a R$ 25 mil mensais, que duraramdesde 2008 até o início de 2017, cessando
com a deflagração da Operação Carne Fraca.
As investigações mostram que entre os anos de 2010 a 2014 os lançamentos contábeis destinados a encobrir as propinas se valeram de documentos falsos, utilizando-se de CPF de pessoas que já tinha falecido antes do documento ser feito.
São alvos da operação os fiscais federais agropecuários e os médicos veterinários conveniados ao SIF, que atuavam na fiscalização das plantas industriais da empresa localizadas nos referidos municípios. Os investigados irão responder por corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa, podendo pegar até 20 anos de prisão.
De acordo com a assessoria, ainda não houve prisões, já que a segunda fase é focada apenas em buscas e apreensões de bens.
Deixe seu Comentário
Leia Também

Soldado confessa feminicídio e incêndio de quartel em Brasília

Homem é assassinado minutos após ser cumprimentado por atirador em Aparecida do Taboado

Idoso que caiu do telhado enquanto limpava caixa d'água morre em Dourados

Confusão em bar termina com jovem espancado com pauladas na cabeça na Vila Popular

Trabalhador de empresa é morto a facadas em restaurante de Bataguassu

Anastaciano tenta cancelar programa com mulher, mas é esfaqueado e roubado na Capital

Mulher é presa por cortar virilha do filho de 6 anos para evitar abuso

Carro funerário capota ao desviar de animal na MS-396, em Santa Rita do Pardo

Homem é preso horas após bater em mulher com barra de ferro em Dourados


Polícia federal de Mato Grosso em Operação de buscas do Porteira Aberta (Reprodução/Assessoria)



