A Polícia Militar Ambiental (PMA) e o IBAMA encerraram na quinta-feira (26) a Operação Bocaiúva para evitar o tráfico de animais silvestre, especialmente o papagaio em propriedades rurais e bloqueios.
A “Operação Bocaiúva” envolveu 43 policiais e fiscais, desde o dia 15 de agosto, no intuito principal de evitar a retirada dos filhotes dos ninhos, tendo em vista, que depois da retirada das aves, mesmo quando se apreendem, os problemas à natureza e os custos econômicos, para cuidar dos animais até a reintrodução, envolvem muito dinheiro público.
As equipes foram distribuídas em fazendas e bloqueios e outros órgãos de segurança, como, Unidades da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, principalmente da região com maior índice do tráfico.
A operação resultou na prisão de seis pessoas e apreensão de 180 aves da espécie papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), além de cinco periquitos. Esse número é 27,65% maior do que o ano de 2018, quando foram apreendidas 141 aves. Porém, comparado ao ano de 2017, em que não houve a operação Bocaiúva, o percentual caiu em 49,57%. Naquele ano as apreensões foram de 357 papagaios, o que indica que a operação é essencial para a prevenção ao tráfico.
A região monitorada é basicamente a que constitui os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo, porém, a operação foi realizada em todo o Estado, como em 2018, quando houve redução na retirada de filhotes de papagaios no Estado.
Tráfico de animais silvestres
O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.
Como o que interessa ao comprador é a capacidade que a ave tem de aprender a imitar a voz humana, a retirada só é realizada enquanto filhote. Por esse motivo, o período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres no Estado de Mato Grosso do Sul, pois é o período reprodutivo dos papagaios, que é o animal mais traficado no Estado.
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