O mês do ‘Agosto Lilás’, que marca a luta do combate ao crime de feminicídio e a violência contra mulher, começou com a repercussão da morte de uma professora, ocorrida na noite do dia 31 de julho em Ribas do Rio Pardo. Uma vítima de tentativa de assassinato, que precisou mudar de vida após o crime, conversou com o JD1 lembrando sobre a ‘invisibilidade’ das mulheres perante a sociedade por conta do sigilo de ações penais do tipo.
“Eu só soube que meu agressor tinha um histórico longo quando foi minha vez de registrar uma ação contra ele. Ele já teria em seus antecedentes históricos de agressões contra 3 pessoas diferentes e ainda 2 crianças, possivelmente vítimas de estupro”, afirmou. Ainda segundo a mulher, até a filha do homem possui uma medida protetiva em desfavor do suspeito.
Após vários episódios agressivos, sendo perdoados pela vítima, o que quase motivou seu falecimento foi o estopim para a separação. “Tenho marcas na boa da agressão. Um dia ele pegou a faca e me forçou a entrar no carro, dizendo que eu iria morrer. Por sorte, puxei o celular que estava na cintura e corri para a rua, pedindo por socorro. Fui socorrida, passei pela delegacia da cidade e posteriormente fui transferida para a DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) em Campo Grande, onde consegui uma medida protetiva”, detalhou.
Desde da última agressão, quando procurou ajuda, ela acabou se mudando para Capital, onde ainda vive amedrontada. Hoje, ela possui uma medida protetiva contra o suspeito e cobra por justiça, não apenas para seu caso, mas também para as outras vítimas do ex-companheiro.
“Tenho medo que se ninguém parar ele, eu ou outra mulher pode ser morta. Preciso morrer para alguma coisa ser feita?”, finalizou.
Agosto Lilás
Em 8 meses, 20 mulheres foram assassinadas em Mato Grosso do Sul. Os casos são cruéis e mostram o nível de premeditação dos autores, que chegaram a pesquisar formas de amarrar as vítimas após os assassinatos.
A campanha Agosto Lilás foi criada no ano de 2020 em referência à Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006. O texto legal criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, que foi considerada uma forma de violação dos direitos humanos.
Para isso, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul está participando da operação “Shamar”, que teve início nesta sexta-feira (1°). A mobilização nacional é coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), em parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, com foco no enfrentamento à violência de gênero contra a mulher.
A operação, que segue até o dia 4 de setembro, mobiliza as Polícias Civis de todo o país e tem como objetivo intensificar ações de repressão e prevenção à violência doméstica e familiar. No Mato Grosso do Sul, a atuação é conduzida pela Delegacia-Geral, com participação efetiva da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (1ª DEAM), que será o ponto focal, e das Salas Liláses nas cidades do interior.
Haverá cumprimento de mandados de busca e apreensão domiciliar, prisões preventivas e aplicação de tornozeleiras eletrônicas contra autores de violência doméstica.
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Imagem Ilustrativa (Foto: Reprodução/Internet)



