Por 55 votos a 22, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi afastada do cargo após votação no Senado Federal que entrou noite adentro com duração de 20 horas. No início da manhã o referendo dos senadores saiu e na Capital, ainda no final da noite uma carreata do grupo Reaja Brasil “comemorava” o resultado.
Tudo aconteceu 13 anos, quatro meses e onze dias após o PT assumir o poder, com a ida de Luiz Inácio Lula da Silva para a presidência. Nos discursos de cada senador, que tinha a duração de até 15 minutos, as chamadas “pedaladas fiscais” feitas por Dilma foram lembradas, além da reafirmação do processo democrático que o impeachment tem.
A bancada sul-mato-grossense composta por enquanto por dois senadores, Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB votaram pelo afastamento da presidente do cargo. Ainda pela manhã, fogos foram ouvidos em vários pontos da cidade.
Agora, após publicação do ato pela abertura do processo de impeachment por parte também do Senado, o vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o cargo e Dilma ficará até 180 dias afastada do cargo, sendo a segunda presidente a ser afastada do cargo. O primeiro foi Fernando Collor, em 1992.
Collor, inclusive fez discurso por volta das 23h10 (horário local) onde citou sobre o processo que sofreu e renunciou ao cargo antes do julgamento político acontecer. Dois anos depois, ele foi absolvido pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Apesar de não ter declarado abertamente seu voto, ele também votou pelo afastamento de Dilma.
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