A audiência pública com o tema “Retenção de Macas nas Unidades de Pronto Atendimento nos Centros de Saúde e Hospitais da Capital”, realizada pela Assembleia Legislativa na última sexta-feira (30), resultou em uma representação a ser feita junto ao Ministério Público sobre o quadro desenvolvido em Campo Grande.
A audiência foi proposta pelo deputado Dr. Paulo Siufi (MDB), e contou com a participação de representantes do Ministério Público Estadual (MPE/MS), Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Campo Grande, que expuseram a situação vivenciada pelos servidores da rede de saúde e sugeriram soluções ao problema.
De acordo com o Tenente-Coronel dos Bombeiros Huesley Paulo da Silva, 102 macas da Corporação foram retidas entre setembro e outubro, além de outras 75 no mês anterior. “Consideramos que deve ser feita uma colaboração de gestão entre os vários órgãos envolvidos dentro da urgência emergência para amenizar o número de retenções, pois a população não pode pagar o preço da falta desses instrumentos”, disse.
Cláudio da Silva, atual superintendente do Hospital Universitário da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), demonstrou interesse em encontrar soluções para o problema. “Durante esse ano, toda nossa equipe de assistência e grupo administrativo de planejamento se debruçou para tentar conhecer outras experiências e também rever os nossos processos de trabalho em emergências”, afirmou. O superintende também explicou que devido a grande lotação do hospital muitas vezes as macas acabam ficando com pacientes no local. “Nós temos um quantitativo estabelecido e estamos atendendo entre duas e três vezes além do contratado, o que deixa o hospital de ponta cabeça”, disse.
Ao final da reunião, o deputado proponente resumiu os encaminhamentos e serão solicitados do MPE, verificações e motivos do Corpo de Bombeiros ter duas viaturas de resgate, sendo que deveriam ser no mínimo sete, dentre outros. Siufi avaliou com otimismo os pedidos. “Acredito que o Ministério Público irá cobrar de imediato este posicionamento, pois queremos saber o porquê de que não estarmos funcionando a pleno vapor”, finalizou.
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