A aprovação do impeachment de Dilma Rousseff (PT) da Presidência da República pelo Senado nesta quarta-feira (31/8) foi tema criticado durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso o Sul, nesta quinta-feira (1º). O deputado Pedro Kemp (PT) durante sua fala contextualizou a chegada ao poder por Michel Temer (PMDB) que, em sua opinião, foi uma prova de que a democracia brasileira é frágil.
Kemp relembrou que o regime democrático no Brasil existe há menos de 100 anos e que apenas oito presidentes foram eleitos, sendo quatro não concluintes de seus mandatos. “Isso é muito grave. Isso mostra o quanto a democracia não é respeitada e está fragilizada. Na América Latina não vemos mais golpes militares, mas sim golpes parlamentares, com a oposição destituindo quem não foi eleito pelo povo”, lamentou.
O deputado ainda apontou duas principais razões que acredita ter motivado a queda do governo de Dilma. “Primeiro é acabar com a Lava-Jato [Operação da Polícia Federal], pois as delações premiadas estavam denunciando muita gente. Segundo é colocar o Brasil de volta ao modelo econômico neoliberal que permita muitas privatizações e cortes em conquistas sociais, principalmente, na Educação e na Saúde. O que nos resta é continuar na luta”, disse Kemp.
O deputado estadual João Grandão (PT) concordou com Kemp e complementou que também se deve cuidar para que o atual governo não retroceda nos direitos trabalhistas. “Nós vamos continuar fazendo o que sempre fizemos, que é lutar. Só espero que cuidem das universidades e institutos federais que não fizeram, nem aos direitos, mesmo que mínimos, aos negros, índios e mulheres, que enfim conquistamos em nosso governo e não nos deles. E ainda que continuem olhando pela Reforma Agrária e pela democracia”, finalizou.
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