O relatório divulgado ontem pela Polícia Federal (PF), após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de retirar o sigilo, expôs informações sobre o envolvimento de Aparecido Andrade Portela, conhecido como Tenente Portela, presidente do PL em Mato Grosso do Sul. O documento revelou que Portela, primeiro-suplente da senadora Tereza Cristina (PP), atuou como intermediário entre o governo de Jair Bolsonaro (PL) e os “financiadores” das manifestações antidemocráticas em Mato Grosso do Sul.
O sigilo também expôs conversas reveladoras entre Portela e Bolsonaro. Em uma delas, Portela relatou suas dificuldades políticas e afirmou estar sendo “humilhado” dentro do PL. “Eu estou apanhando, apanhando da Teresa, apanhando do PL, né? Porque eu fui colocado como suplente. Então aqui é, apanha, apanha de um, apanha de outro lado... Tem apanhado de Rodolfo, apanhado do coronel David, apanhado de Neno Razuk, apanhado de Pollon, apanhado do grupo da Tereza Cristina. Tenho apanhado. Eu tenho ficado quieto em casa”, disse Portela.
Em outro trecho, o suplente expressou indignação com o que chamou de perseguição política por parte da senadora Tereza Cristina, dizendo: “Eu tinha uma filha que trabalhava no estado, a Tereza tirou. A Tereza persegue mesmo. Mas tá bom... Faz parte da política... Agora, o que eles não podem é partir pra humilhação. E é o que tão fazendo, é humilhação. E ai eu não aceito, prefiro ficar fora. Entendeu? Que Deus abençoe! Me perdoe ai!”
Em resposta, o ex-presidente Bolsonaro disse: “Nunca fale em renunciar ao cargo de suplente. Deixe um pouco a política de lado. Vá pescar.” Veja em detalhes a partir da página 727.
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Tenente Portela e Jair Bolsonaro - (Foto: Reprodução)



