Começou há pouco, a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados em que deve ser votado o parecer do relator da reforma da Previdência, Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). Mais cedo, Freitas anunciou a retirada de quatro pontos do seu parecer pela admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC 6/19).
“Este relator vai apresentar uma complementação de voto, que não reabre prazo para discussão, não reabre a oportunidade de pedido de vista, abre espaço para alguns requerimentos de adiamento de votação, mas, com certeza, esses requerimentos serão enfrentados e, certamente, hoje, votaremos a proposta de emenda à Constituição no que se refere à admissibilidade na CCJ”, disse o relator.
Os quatro itens suprimidos da proposta foram negociados com líderes da base governista. O primeiro é o fim do pagamento da multa de 40% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do recolhimento do fundo do trabalhador já aposentado que voltar ao mercado de trabalho.
O segundo ponto é a concentração, na Justiça Federal em Brasília, de ações judiciais contra a reforma da Previdência. Os outros pontos são a exclusividade do Poder Executivo de propor mudanças na reforma da Previdência e a possibilidade de que a idade de aposentadoria compulsória dos servidores públicos (atualmente aos 75 anos) seja alterada por lei complementar, em vez de ser definida pela Constituição, como atualmente.
O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, disse ter certeza de que a reforma da Previdência será aprovada na CCJ. “Essa pauta transcende a questão do governo, é uma pauta da sociedade brasileira. A maioria dos partidos representados no Parlamento está a favor dessa pauta”, afirmou Marinho. “Com certeza, hoje terminaremos essa etapa na CCJ para podermos ir para a etapa mais importante, que é a comissão de mérito”.
Marinho disse ainda que, na comissão especial, o governo pretende demonstrar, “com a maior amplitude e transparência possível” todos os dados que embasaram a proposta da reforma da Previdência.
Oposição
A líder da Minoria na Câmara, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a oposição está fora do acordo fechado entre governo e partidos da base aliada. “Temos clareza [de] que essa batalha não acaba hoje, nem amanhã, mas terá meses ainda. A modificação do texto já mostra que o governo não teve condições sequer de manter o relatório original do relator.”
Segundo Jandira, a estratégia da oposição é tentar adiar a votação da PEC até que o governo apresente os dados que embasaram as mudanças na reforma da Previdência para serem analisados pelos deputados.
Originalmente, a votação da reforma na CCJ da Câmara, que avalia se a proposta não viola a Constituição, estava prevista para a última quarta-feira (17). No entanto, a votação foi adiada e governo, e líderes na Câmara negociaram mudanças no texto para que haja aprovação ainda nesta terça-feira (23).
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Lula contraria Itamaraty e determina traslado do corpo de brasileira morta em vulcão na Indonésia

MP apura possíveis irregularidades em contrato de obra da Câmara Municipal de Miranda

Assembleia vota diminuição de membros do Conselho Superior do TJMS

Câmara analisa veto ao PL que previa cumprimento de ordem judicial em favor de mães atípicas

Riedel destaca integração entre educação e mercado de trabalho em evento do Sesi

Lula lidera disputa presidencial contra nomes da direita, mas empata com Bolsonaro, diz pesquisa

Assembleia Legislativa de MS inaugura usina solar

Prefeitura pede na Justiça suspensão do reenquadramento da saúde por impacto financeiro

Assembleia vota LDO de R$ 27 bi para 2026 e PL de proteção às mulheres
