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Política

Recebeu ligação? Pesquisas eleitorais não pedem números bancários nem CPF

Relatos apontam para possíveis golpes por telefone em nome do TRE; veja cuidados

24 outubro 2024 - 15h39Sarah Chaves

Depois que algumas denúncias surgiram no primeiro turno sobre golpistas que fingem ser institutos de pesquisas eleitorais para coletar dados pessoais de vítimas através de um site fictício ou telefonemas, a prática voltou a ser observada nesta última semana de Eleição Municipal 2024 que tem 2° turno em Campo Grande.

Em relato ao JD1 Notícias, a empresária Luciana Chaves contou que recebeu uma ligação nessa terça-feira (22), de uma mulher que se dizia funcionária do Instituto Opine, e afirmou que estava fazendo uma pesquisa de intenções de votos e precisaria de alguns dados. “Eu desconfiei, porque já respondi outras pesquisas, inclusive pelo celular e nunca tinham me abordado daquela maneira”.

Segundo a empresária, ela questionou quem teria contratado a pesquisa, e foi informada que era um levantamento supostamente solicitado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), o que a fez evitar responder o tal questionário.

Em buscas feitas pelo JD1, foi constatado que não há pesquisas registradas sob o nome do Instituto Opina no âmbito das eleições municipais em Campo Grande e levando em conta que o prazo limite para os registros foram até segunda-feira (21), não há possibilidade de o levantamento ser registrado em data posterior.

Conforme a Lei nº 9.504/1997, arts. 33, § 3º, e 105, § 2º, a divulgação de pesquisa sem o prévio registro na Justiça Eleitoral pode sofrer a autuação em multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00, enquanto a divulgação de pesquisa fraudulenta (falsa) constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa.

Para saber o que costuma ser questionado ao eleitor durante as pesquisas de intenções de votos e avaliação da administração realizadas pelos institutos, a reportagem separou os questionários de três empresas, Ranking, Quaest e Veritá.

Os questionários são registrados junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitora), junto com o número de entrevistas a serem realizadas, método de pesquisa, grau de confiança e margem de erro. Dados obrigatórios que as empresas devem fornecer nos estudos.

Os três Institutos Ranking, Quaest e Veritá seguem um padrão em suas perguntas, onde são levantadas a idade do entrevistado, gênero, grau de escolaridade, região em que mora, renda mensal e domiciliar bruta.

Não há perguntas sobre o CPF, RG, contas bancárias ou senhas, dados que são solicitados em tentativas de golpe.

Cuidados

De acordo com o Serasa, a cada 17 segundos, uma tentativa de fraude acontece. Caso o eleitor receba uma ligação pedindo dados bancários ou documentos, o ideal é não repassar essas informações. Se a ligação fraudulenta já tiver ocorrido, o cidadão pode procurar uma Delegacia de Polícia Civil e denunciar a fraude.

Somente o Ministério Público Federal, os candidatos, os partidos políticos e as coligações são partes legítimas para impugnar a divulgação de pesquisas eleitorais.

Antes de compartilhar qualquer pesquisa, é importante que o cidadão entre no site do TRE (www.tre-ms.jus.br) e verifique se foi realmente registrada, pois, caso contrário, o responsável pela divulgação também está sujeito às penalidades.

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