O clima entre o deputado federal Carlos Marun e o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, esquentou na última semana. Em um almoço com o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Moreira Franco, o líder do PMDB, Renan insinuou que o presidente Michel Temer está sendo chantageado pelo núcleo político ligado ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e acusou Marun de ser o porta-voz do ex-deputado no Planalto. Para o senador, o parlamentar sul-mato-grossense foi responsável por negociar as nomeações do deputado André Moura (PSC-SE) à liderança do governo no Congresso, de Osmar Serraglio para o ministério da Justiça e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) para a liderança do governo na Câmara.
O motivo da ira de Renan teria sido uma carta assinada por Marun e mais três parlamentares pedindo o afastamento de envolvidos na Lava-Jato de cargos de direção do PMDB. A medida afastaria Romero Jucá da presidência do partido.
O senador ainda acredita que o encontro com Eduardo Cunha, no presídio em Curitiba, no mês de março, levou às indicações de Temer, em privilégio de pessoas ligadas ao ex-presidente da Câmara.
“Depois de avançar no governo, essa gente vai avançar sobre o partido. O partido é a próxima etapa. Essa carta do Marun veio depois da conversa que ele teve lá com o Cunha em Curitiba e agora age como seu porta-voz. Isso é tão óbvio! Imagina, o PMDB, que tem um papel histórico, ser comandado pelo Marun?”, disse Renan, acrescentando que na disputa entre o PSDB e o “PMDB de Cunha”, é radicalmente a favor do PSDB. “Eu prefiro um governo formado pelo PSDB do que pelo Eduardo Cunha. Eu inclusive já defendi um espaço maior para o PSDB”, disse.
Resposta
Já o deputado Carlos Marun rebateu as acusações de Renan Calheiros e disse que ele “está vendo fantasmas. “Eu realmente fiz uma visita de cortesia ao Eduardo Cunha porque eu posso entrar num presídio e sair, coisa que outras pessoas talvez não consigam fazer”, disse.
Ele ainda disse “não chegar nem perto dessa liderança que Renan lhe credita”. “O que eu não tenho só é medo de cara feia e tenho coragem de defender minhas convicções. E não quero disputar uma eleição tendo como caras do meu partido algumas pessoas que hoje estão no comando, inclusive o senador Renan Calheiros e do grupo dele”, declarou, sugerindo ainda que o presidente do Senado se filie ao PSDB. “Se ele é tão apaixonado pelo PSDB, ele que vá para lá e veja se aceitam ele por lá”.
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