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Tecnologia

Simples e diretos, novos apps de paquera se conectam ao Facebook e usam geolocalização

11 junho 2013 - 10h33Via Folha
A web já ajudou muitos solteiros a encontrar parceiros. Agora chegou a vez dos apps de smartphones e tablets.

Muito mais diretos do que os tradicionais sites de relacionamento e com tecnologia de geolocalização, eles se integram ao Facebook e promovem o encontro entre usuários, seja apenas para "ficar", seja para um relacionamento mais duradouro.

Um deles, o Tinder, para iPhone que exibe fotos de usuários próximos, informando se há interesses e amigos em comum no Facebook.

Basta deslizar o dedo sobre a foto para a direita para gostar de um candidato e para a esquerda para descartá-lo. Tudo é feito anonimamente, para não partir corações.

A empresa não revela o número de usuários, mas afirma que o Tinder já promoveu mais de 50 milhões de combinações de perfis e cerca de 4,5 bilhões de avaliações. Segundo a companhia, dez casais que se conheceram por meio do app hoje estão noivos.

Já o Blendr, disponível para Android, iOS e web, tem cerca de 155 milhões de usuários. "Conheci meu namorado atual por meio do app", diz a usuária Gabriela.

O serviço mais célebre dessa nova safra é o Bang with Friends, que promove sexo casual entre amigos do Facebook e tem 1,1 milhão de usuários -250 mil deles no Brasil.

"Pode ajudar quem está a fim de pegar alguém, um amor platônico. E aí fica na esperança de a outra pessoa usar também e querer algo a mais", diz a usuária Amanda Furtado.

Velhos Riscos
Apesar de dispensar a necessidade de preencher formulários de interesses e agilizar o processo inicial de uso, a integração com o Facebook pode oferecer ambiente propício a riscos e até ao vazamento de informações, de acordo com Diego Monteiro, cofundador da empresa de análise de mídias sociais Scup.

"O Facebook é instável pela própria natureza. Ele é um laboratório de ideias que está sempre mudando. Não recomendamos a quem se preocupa com o vazamento de informações usar a integração com as redes sociais."

Para Monteiro, o valor dos apps de paquera é o fato de não serem especificamente redes sociais. "Você não tem muitos amigos ali, então não queima o seu filme."

Entretanto, aplicativos como o Tinder e o Bang with Friends oferecem apenas login pelo Facebook, inviabilizando o uso caso a pessoa não queira vincular o app à sua conta na rede social.

Em maio deste ano, o Bang with Friends ganhou fama mundial não só por oferecer a possibilidade de enviar convites privados buscando estritamente sexo, mas também porque as configurações de privacidade do Facebook, quando não utilizadas de forma correta (no caso, ajustando a visibilidade do app para "Somente eu"), denunciam as pessoas que usam ou já usaram o aplicativo.

Em janeiro do ano passado, mais de mil fotos íntimas e mensagens enviadas por meio dos chats dos aplicativos Blendr e Grindr, esse último voltado apenas para o público gay, vazaram após um ataque de um grupo de hackers que invadiu as contas de mais de 100 mil usuários dos serviços.

Além do perigo no mundo virtual, aplicativos como o Tinder podem oferecer os mesmos riscos que as salas de bate-papo e os sites de encontros.

A estudante norte-americana Raquel Pierre, 20, afirmou à Folha que teve uma experiência "horrorosa" com o Tinder. Ela se encontrou com outro usuário do aplicativo e cada um levou três amigos e três amigas. Após uma festa, o grupo foi para a casa da garota.

"Cada casal foi para um quarto e eu fiquei conversando com o cara no sofá, mas não estava rolando um clima", diz Raquel.

O rapaz começou a agir agressivamente ao ouvir que a garota não queria ficar com ele, e Raquel ficou com medo de dormir em seu próprio quarto, mesmo com a porta trancada. Ela teve que pedir ajuda a uma amiga, que a buscou em casa.

"Senti-me muito triste e desrespeitada porque essa pessoa não só se sentiu convidada a dormir na minha cama como também fez com que eu me sentisse mal ao recusar receber um 'não' como resposta", conta.

Para Fernando Bignardi, coordenador de medicina preventiva na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), os apps de paquera tornam os relacionamentos mais superficiais.

"Não há dúvida de que o caminho virtual como substituto de um encontro real, olho no olho, é bastante questionável", diz Bignardi.

Em encontros marcados por meio de aplicativos ou sites de relacionamentos, é importante fazer uma pesquisa sobre a outra pessoa na internet para evitar surpresas quanto à aparência e sempre se encontrar em locais públicos, aconselha a empresa Match.com, especializada em relacionamentos on-line.

Não quis revelar o sobrenome.

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