A motivação do assassinato do pastor Anderson do Carmo ainda não está esclarecida. É o que afirma a delegada Barbara Lomba, responsável pela investigação do crime, que aconteceu no domingo (16), na garagem da casa onde ele morava com a deputada federal Flordelis (PSD-RJ).
“A motivação não está clara. Não há indicação direta nos depoimentos de que o pastor teria um caso extraconjugal. Houve depoimentos muito genéricos, mas eu não vou revelar o teor deles”, disse a investigadora durante entrevista coletiva nesta sexta-feira (21).
Informações extraoficiais divulgadas no início da semana apontaram que o filho mais velho de Flordelis, preso por um antigo mandado de violência doméstica, teria planejado o crime porque o padrasto estaria traindo a mãe. A delegada não quis confirmar as informações que têm sido veículadas pela imprensa.
Ela disse que os indícios concretos são a confissão do filho mais velho da deputada, que disse ter atirado no padrasto, a arma apreendida e as imagens das câmeras de segurança. A delegada revelou que, em depoimento, Flordelis afirmou ter ouvido os disparos quando estava no terceiro andar da casa. Ela disse ainda que a deputada pode ser ouvida novamente, mas ainda não há previsão.
Durante a coletiva, Barbara falou que aguarda o laudo oficial da perícia sobre a arma utilizada no crime e sobre os disparos efetuados contra Anderson. Mas ela afirmou que as 30 perfurações no corpo do pastor não são 30 disparos. Um disparo pode entrar, sair, entrar em outra parte e sair de novo, provocando mais de uma perfuração no corpo da vítima.
“Foram seis disparos, segundo depoimento. As 30 perfurações são de entrada, saída e reentrada do projétil. Vamos esclarecer tudo com os legistas.”
Sobre a participação de Flordelis no crime, Barbara reforçou que ainda não é possível apontar o envolvimento de terceiros no crime. Ontem (20), um dos filhos de Flordelis, que não teve a identidade revelada, prestou depoimento e disse desconfiar de uma possível participação da mãe e de três irmãs, além dos dois irmãos presos, na morte do pastor, segundo informações da Record TV.
A deputada não quis comentar a acusação. Já a delegada criticou a forma como as informações estão vazando e disse que não vai dar detalhes sobre os depoimentos colhidos.
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