O Brasil registrou 2,38 milhões de nascimentos em 2024, uma queda de 5,8% em relação aos 2,52 milhões de nascimentos em 2023, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa é a maior redução anual registrada nos últimos 20 anos, superando a queda de 5,1% entre 2015 e 2016, e marca a sexta retração consecutiva no número de nascimentos.
Segundo a gerente da pesquisa, Klivia Brayner, a redução reflete a tendência já apontada pelo Censo 2022, de que as mulheres estão tendo menos filhos. A analista Cintia Simoes Agostinho destaca que a queda acompanha também o envelhecimento da população, já que há menos mulheres em idade reprodutiva — geralmente entre 15 e 49 anos.
Distribuição por mês e sexo
Em 2024, o mês com mais nascimentos foi março (215,5 mil), seguido de maio (214,5 mil), abril (214,1 mil) e janeiro (201,7 mil). Os meses com menor número de nascimentos foram novembro (180,2 mil) e dezembro (183,4 mil). No total, a média mensal foi de 198 mil nascimentos, ou 6,6 mil por dia, 275 por hora e cerca de 4,5 por minuto.
O número de meninos superou o de meninas: para cada 100 nascimentos femininos, houve 105 masculinos.
Mães mais velhas
Ao longo de 20 anos, os registros mostram que as mulheres estão tendo filhos mais tarde. Em 2004, 51,7% das mães tinham até 24 anos; em 2024, essa proporção caiu para 34,6%. A idade materna também varia regionalmente:
Norte: maior proporção de mães adolescentes (até 19 anos), com destaque para Acre (19,8%), Amazonas (19,1%) e Maranhão (18,6%).
Sul, Sudeste e Distrito Federal: maior concentração de mães com mais de 30 anos, lideradas pelo Distrito Federal (49,8%) e Rio Grande do Sul (45,2%).
Registros de nascimento
Além dos 2,38 milhões de nascimentos de 2024, foram registrados 65,8 mil nascimentos de anos anteriores. De acordo com a Lei 6.015/1973, todo nascimento deve ser registrado em até 15 dias, prazo ampliado para três meses em locais distantes do cartório.
Em 2024, 88,5% dos registros ocorreram dentro de 15 dias e 98,9% em até 90 dias. O Marco Legal da Primeira Infância, de 2016, exige que os estabelecimentos de saúde estejam interligados aos cartórios por sistema informatizado.
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Essa é a maior redução anual registrada nos últimos 20 anos, superando a queda de 5,1% entre 2015 e 2016 (Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil)




