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Cidade

Conheça as histórias e significados dos monumentos de Campo Grande

26 agosto 2020 - 10h50Sarah Chaves, com informações da assessoria

Neste aniversário de 121 de Campo Grande vamos relembrar a história e importância dos Monumentos da cidade que foram criados relembrando as origens da população da cidade morena, e quais são os marcos do crescimento da capital sul-mato-grossense formada pelos povos originários do Brasil, os indígenas, e os imigrantes paraguaios, bolivianos, japoneses, sírio-libaneses e europeus.  

A Arquiteta da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), Cláudia la Picirelli de Arruda explica, em linhas gerais, que os monumentos são construídos para “homenagear pessoas importantes e fatos extraordinários”. “Cria-se monumentos para guardar lembranças. Eles têm referência simbólica e importância histórica em nossa sociedade. E fazem uma relação entre espaço e tempo”, ensina.

Na avaliação do governador Reinaldo Azambuja, Campo Grande tem esculturas que estão diretamente ligadas a diversidade popular. “Terra de Almir Sater, Aracy Balabanian, Geraldo Espíndola, Glauce Rocha, Lídia Baís, Luan Santana, Munhoz e Mariano, Tetê Espíndola, Ique e tantos outros, Campo Grande tem monumentos e marcos culturais que refletem o talento e a pluralidade da nossa gente”, define o gestor.

Construções

Obelisco (1933) - Avenida Afonso Pena com a Rua José Antônio 

O Obelisco de Campo Grande foi projetado pelo Engenheiro Newton Cavalcante e erguido em homenagem aos fundadores da cidade. A construção possui um medalhão com a efígie do fundador José Antônio Pereira. É tombado como patrimônio histórico do município.   

Busto José Antônio Pereira (1972) - Cruzamento das avenidas Afonso Pena e Calógeras

Encomendado pela colônia libanesa, o busto é homenagem ao fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira que em 14 de agosto de 1875, chegou ao local onde havia deixado sua roça. José encontra Manuel Vieira de Sousa (Manuel Olivério), mineiro de Prata, que igualmente fora atraído para aquelas terras devolutas. Manuel Olivério manifesta intenção de devolver as terras, mas José Antônio lhe propõe parceria nas atividades a desenvolver. Logo se tornam amigos e as famílias acabam se unindo através dos laços matrimoniais. Estava criada a primeira geração de campo-grandenses.

Monumento da Imigração Japonesa (1979) - Praça do Rádio Clube

A obra de Choji Oykawa reproduz a maquete de uma típica casa japonesa. Foi construída em homenagem aos 70 anos da imigração dos japoneses em Campo Grande.


Zarabatana (1993) - Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena.

Com aproximadamente 12 metros de altura, o Monumento à Zarabatana (lança dardos) possui formato de tubo e homenageia as culturas indígenas de Mato Grosso do Sul. A construção foi feita em forma tridimensional, com tijolos com características medievais. Também é conhecido como Monumento ao Índio. O autor do projeto é o arquiteto Roberto Montezuma. 


Cabeça de Boi (1995) - Praça Cuiabá, Avenida Duque de Caxias.

O Monumento da Cabeça de Boi foi idealizado em ferro e aço inoxidável pelo artista plástico Humberto Espíndola e fica no bairro Amambaí – o mais antigo da cidade. A obra faz referência à história antiga, já que no local um açougueiro fixou a ossada do crânio de um boi para orientar trabalhadores e viajantes que passam pela região.


Estátua do Preto Velho (1995) - Praça do Preto Velho

Monumento religioso, a Estátua do Preto Velho faz homenagem a cultura ameríndia, mais conhecida como umbandista – formada por religião, danças e folclore. Localização: Entroncamento da Avenida Noroeste (também conhecida como Avenida Fábio Zahran) com a Rua Senador Ponce, na Vila Progresso.


Carro de Boi (1996) - Cruzamento das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Ernesto Geisel

O ponto onde a cidade surgiu, na confluência dos córregos Prosa e Segrego, abriga o Monumento aos Pioneiros. Popularmente conhecimento como Carro de Boi, o painel que registra o início da ocupação urbana de Campo Grande, foi projetado pelas artistas plásticas Neide Ono e Marisa Oshiro Tibana. 


Relógio Central (2000)

Conhecido como Relógio da 14, o monumento do Relógio Central Renato Barbosa Rezende foi construído pelo Rotary Clube no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Calógeras e é uma réplica do antigo relógio da Rua 14 de Julho - inaugurado em 1933, na esquina da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho. O antigo monumento, demolido em nome do progresso em 1970, era ponto de referência de encontros políticos, desfiles cívicos, passeatas e manifestações culturais.

O atual Relógio é uma cópia idêntica do original, em alvenaria e com cinco metros de altura.

 

Tuiuiús do Aeroporto (2000) -  Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Popularmente conhecido como Tuiuiús do Aeroporto, o Monumento Pantanal Sul é de autoria do artista plástico Cleir Ávila. A obra revela três aves da espécie típica do Pantanal em referência à aviação. Os animais estão em posição de pouso, decolagem e abastecimento. 


 

Monumento aos Cavaleiros Guaicurus (2004) Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena

A obra que homenageia os índios guerreiros da etnia Guaicurus. A construção de sete metros de altura tem 900 quilos e mostra um indígena montado a cavalo. Os nativos foram os primeiros da América do Sul a domarem os cavalos, trazidos pelos espanhóis. Em Mato Grosso do Sul, os remanescentes mais próximos dos Guaicurus são os índios Kadiwéus. A estátua foi construída em armação de ferro e é revestida com uma mistura de resina e pó de mármore. A autoria é do escultor Anor Pereira Mendes. 


Monumento do Sobá (2009) - Feira Central, nos altos da Rua 14 de Julho.

Mais uma obra de arte concebida pelo artista plástico Cleir Ávila. Popularmente conhecido como Sobá Gigante, o Monumento do Sobá tem quatro metros e meio de altura e homenageia a colônia japonesa e a sua culinária, que virou marca registrada em Campo Grande. Hoje, o prato de macarrão que mistura a tradição japonesa com a criatividade do povo campo-grandense é comida típica da cidade e se tornou patrimônio cultural imaterial. 


Índia Terena (2012) - Feira Central, nos altos da Rua 14 de Julho

A escultura da Índia Terena homenageia a mulher indígena, o trabalho do cultivo e a produção artesanal. Foi construída pelo artista plástico Anor Pereira Mendes e possui três metros de altura. 


Guampa de Tereré (2014) - Orla do Aeroporto Internacional de Campo Grande, na Avenida Duque de Caxias

Feita em armação de ferro, com resina de poliéster e areia, o Monumento Guampa de Tereré possui 300 quilos e seis metros de altura. Foi confeccionado pelo artista plástico Anor Pereira Mendes em homenagem as tradições sul-mato-grossenses. 


Estatua Manoel de Barros (2017) - Avenida Afonso Pena, entre as ruas Rua Barbosa e Pedro Celestino.

Com 1,38 metro de altura por 1,60 metro de largura, a escultura de bronze do poeta Manoel de Barros permite a interação com o público. Concebida pelo artista plástico Ique Woitschach, a estátua fica embaixo de uma figueira centenária e faz alusão ao desejo do artista, que queria virar árvore depois que morresse. 


Maria Fumaça (2018) - Cruzamento das avenidas Mato Grosso e Calógeras.

Em homenagem a antiga estrada de ferro Noroeste do Brasil (NOB), o Monumento da Maria Fumaça possui cinco metros de altura por 20 de comprimento – pensando 20 toneladas. A obra fica suspensa em um balanço, com impressão de levantar voo. Inaugurada na era da tecnologia, a Maria Fumaça possui um QRCode com um texto informativo, produzido pelo professor Paulo Cabral, do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul. 


Novo Relógio (2019)

Segundo monumento que relembra o antigo Relógio da Rua 14 de Julho – inaugurado em 1933 e demolido em 1970. A escultura do Novo Relógio da 14 é feita em perfis metálicos, sendo totalmente vazada. O projeto é dos arquitetos César da Silva Fernandes e Inácio Salvador, responsáveis pela remodelação da Rua 14 de Julho.


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