O impacto da crise climática sobre as condições de trabalho foi o foco principal do seminário “A Justiça e os Desafios Socioambientais Contemporâneos”, realizado nesta quinta-feira (12), no auditório do Bioparque Pantanal, em Campo Grande.
Promovido pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul (MPT-MS) e instituições parceiras, o evento destacou como as mudanças no clima têm intensificado riscos à saúde e segurança dos trabalhadores.
A procuradora do Trabalho Cândice Gabriela Arosio, coordenadora da área de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho do MPT-MS, apresentou dados que evidenciam a relação direta entre degradação ambiental e precarização do trabalho. O aumento das temperaturas, a escassez hídrica e eventos extremos — como as queimadas no Pantanal — foram apontados como fatores que afetam diretamente diversas categorias profissionais, especialmente trabalhadores rurais, da construção civil, da limpeza urbana e catadores de recicláveis.
Durante sua exposição, Arosio ressaltou que o enfrentamento à emergência climática deve incluir o mundo do trabalho nas políticas públicas ambientais. “Não se trata apenas de reduzir emissões, mas de garantir que ninguém seja deixado para trás nesse processo”, afirmou. Ela defendeu uma transição ecológica justa, que alie a preservação ambiental à proteção dos direitos sociais e trabalhistas.
O MPT-MS também emitiu recomendações a empregadores de setores mais expostos a riscos climáticos, com orientações sobre como adaptar as atividades laborais em contextos de calor extremo, visando a segurança dos trabalhadores. A ação integra a campanha “Abril Verde”, que em 2024 teve como tema “Futuro sustentável no trabalho e no clima”
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