Após quatro anos, a estrutura montada pelo Governo do Estado para a conservação e manutenção de 189 espécies de peixes que serão futuramente transferidas para os tanques do Aquário do Pantanal tornou-se um laboratório de referência, com destaque internacional devido aos resultados obtidos nas pesquisas sobre peixes de água doce realizadas no local.
Embora a construção tenha parado por um tempo, a vida das espécies foi preservada com cuidado. Com 189 espécies de peixes, estrutura que abriga os animais que serão transferidos para o Aquário do Pantanal, tornou-se laboratório referência, com destaque para os resultados nas pesquisas sobre peixes de água doce e algumas espécies foram recriadas em cativeiro pela primeira vez no mundo.
O maior laboratório de peixes pantaneiros do mundo, instalado no Batalhão de Polícia Militar Ambiental, no Parque das Nações Indígenas, conta com 150 tanques ativos que abrigam 189 espécies de peixes neotropicais: 135 espécies pantaneiras; 55 da Amazônia; 14 africanas e outras da Oceania, Ásia e América Central.
O cenário completo é composto por um paisagismo de tirar o fôlego e foi premiado no 11º Seminário Internacional da USP – NUTAU, tema foi Águas, projetos e tecnologias para o território sustentável.
O projeto Criado por equipe de professores, arquitetos e biólogas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), o projeto do Aquário se destacou pelo uso de espécies nativas.
As botânicas-biólogas da UFMS, Edna Scremin Dias e Vali Joana Pott, professor Arnildo Pott e as arquitetas Eliane Guaraldo e Gisele Yallouz, autores do projeto, estiveram no local para avaliar a situação e fazer novos estudos para retomar o trabalho.
O grupo de pesquisadores, que incluiu também estagiários da UFMS, está junto desde o início do projeto, e trabalharam junto com Rui Otake para integrar os sistemas.
A parceria deu tão certo, que o famoso arquiteto alterou o projeto de iluminação para atender sugestão do paisagismo que queria iluminar os jardins. Felizmente, segundo ela, apenas 10% do contingente da flora prevista no projeto, já havia sido plantada.
A arquiteta, Eiane Guaraldo, professora de paisagismo e coordenadora da pós-graduação em Recursos Naturais, explica que o projeto foi experimental em tudo, porque é a primeira vez que se tenta colocar plantas em outro bioma, ou seja, recriá-las fora do seu habitat natural.
Segundo a pesquisadora, a intenção foi recriar os vários cenários e situações que acontecem no Pantanal, igual os Buritis plantados no início não conseguiram sobreviver, porque de acordo com a professora, são plantas que necessitam de água corrente.
Outra espécie que não sobreviveu foram as plantas aquáticas. Felizmente apenas 10% do contingente da flora prevista no projeto já haviam sido plantadas.
Com a retomada das obras, a expectativa do grupo de pesquisadores é manter o projeto original. Antes de replantar a flora no local, toda a parte física precisa estar pronta, já que as espécies precisam do sistema de manutenção de vida e irrigação funcionando.
O jardim temático proposto pelos pesquisadores dará ao Estado de Mato Grosso do Sul um perspectiva totalmente nova, sobre a forma como nós vemos a participação da natureza na nossa vida.
Segundo Eliane, a execução do projeto será um caminho importante para valorizar a paisagem pantaneira. Como trabalho de pesquisa, proposto pela Fundect, o projeto de paisagismo do Aquário do Pantanal precisa ser concluído em sua totalidade para obter os resultados. “Será uma grande experiência fazer o acompanhamento científico e entender como as plantas conseguem sobreviver em outro local”, conclui a pesquisadora.

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Foi premiado no 11º Seminário Internacional da USP – NUTAU (Reprodução/Assessoria)



