Após polêmica, ocorre no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-Rio) nesta quinta-feira (9) a inauguração da maior retrospectiva já feita no país da fotógrafa americana Nan Goldin — classificada pelo jornal "The New York Times" como "a mais influente dos últimos 20 anos" depois de ter forjado um novo gênero fotográfico.
As fotografias são parte do trabalho feito pela fotógrafa entre 1970 e 2000, quando circulava pelos submundos de Nova York e Boston flagrando, entre outras, imagens de nudez (tanto adulta quanto infantil), sexo explícito, uso de drogas e homossexualidade. Por isso a polêmica, que se arrasta desde novembro do ano passado.
Toda a obra deveria ser exibida em janeiro pela Oi Futuro, que desistiu alegando não ser condizente com seu perfil educativo. No entanto, o MAM/RJ acolheu o trabalho mas inspira cuidados: para derrubar eventuais liminares, o museu mobilizou uma equipe jurídica que ficará de plantão durante os próximos dias. O corpo jurídico do museu, liderado pelo advogado Álvaro Piquet, já preparou uma estratégia para, se necessário, defender "Heartbeat" na Justiça.
Com curadoria de Ligia Canongia e Adon Peres A exposição "Heartbeat", que mobilizou uma equipe multinacional e demorou uma semana para ser totalmente instalada no segundo andar do MAM carioca, reúne um total de 1.195 fotos.
São 15 imagens impressas da série "Landscapes" (1979-2008) — que Nan não costuma exibir — e três slideshows de cerca de 50 minutos cada um que abrigam o conteúdo que causou polêmica: "The ballad of sexual dependency" (1981-2008) — considerada sua obra-prima —, "The other side" (1972-1990) e "Heartbeat" (1999), que dá nome à mostra.
Quem visitar o segundo andar do MAM até o dia 8 de abril verá que o cuidado foi redobrado. Cada slideshow ocupa, sozinho, uma sala escura especialmente construída para abrigá-lo. Trata-se de um ambiente sombrio, com um telão quadrado, que tem, logo na porta, um cartaz que informa que o conteúdo em exibição não é "recomendado para menores de idade".
O trabalho de Nan Goldin faz parte dos principais acervos artísticos do mundo. Está presente, por exemplo, no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York, na Tate Gallery, em Londres, e no Georges Pompidou, em Paris. No MAM do Rio a mostra ocorre de 9 de fevereiro a 8 de abril.
*Com informações do jornal O Globo.
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