Desde o início de setembro, Campo Grande realiza a 22ª Semana do Pescado, que segue até o dia 15 com o objetivo de incentivar o consumo de pescado no país. Criada em 2003, a campanha é promovida com apoio do Ministério da Pesca e Aquicultura.
No Mercadão Municipal, um dos principais polos comerciais da cidade, a adesão dos consumidores surpreendeu os lojistas. A movimentação nos corredores aumentou, e a variedade de peixes frescos atrai quem busca qualidade com preços mais acessíveis. Segundo comerciantes, o volume de vendas já ultrapassou os índices registrados nos anos anteriores, com alta estimada entre 45% e 50% — acima dos 35% observados em 2023.
Além dos cortes de peixe tradicionais, quem passa pelo local encontra novidades. A Pastelaria do Milton, por exemplo, lançou sabores especiais para o período, como pacu com queijo, filé de tilápia e até moqueca de pintado em formato de pastel. A criatividade tem agradado o público. “Sempre buscamos inovar, e essas receitas têm sido muito bem recebidas”, comenta Milton Caetano, da diretoria do Mercadão.
As promoções também são parte do atrativo: alguns produtos tiveram descontos de até 40%, graças à colaboração entre fornecedores e comerciantes. A estratégia tem sido eficaz para atrair novos clientes e estimular o consumo frequente de pescado.
Para além das vendas, a campanha fortalece toda a cadeia produtiva. Marcelo Heitor, superintendente de Pesca e Aquicultura de Mato Grosso do Sul, destaca que a ação beneficia desde o produtor até o consumidor final. “É uma oportunidade de girar a economia, criar empregos e valorizar a força do estado na produção de pescado”, afirma.
Atualmente, Mato Grosso do Sul ocupa o quinto lugar no ranking nacional de produção de peixe, com mais de 40 mil toneladas registradas em 2024. No cultivo de tilápia, o estado é o quarto maior produtor do país, respondendo por cerca de 3% do total brasileiro.
Mesmo com os avanços, o consumo de pescado no Brasil ainda é considerado baixo quando comparado a outras regiões do mundo. A média nacional gira em torno de 9 kg por pessoa ao ano — abaixo dos 12 kg da Europa e bem distante dos mais de 20 kg consumidos anualmente na Ásia.
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Foto: Divulgação 




