Campeão brasileiro de 2011, da Taça Libertadores e do Mundial em 2012. Apontado como exemplo a ser seguido dentro e fora de campo pelos rivais. Valorizado, alvo dos grandes jogadores, lucrando de todos os lados e cheio de ambições. Assim vive o Corinthians nos dias de hoje.
De um time que vendia apenas R$ 50 mil em produtos licenciados durante um ano e com patrocinadores fugindo ou diminuindo ofertas após o rebaixamento em 2007, o clube se reorganizou, trocou de comando e se gaba ao dizer que é marca de R$ 1 bilhão e com estimativa de angariar lucros de R$ 500 milhões anuais.
E está totalmente enganado quem pensa que toda essa "ganância" se deu ao fato de a equipe erguer as cobiçadas taças da Libertadores e do Mundial. O projeto vem desde 2008, quando se preparava para a Série B.
Na época, as cotas de tevê despencariam para R$ 10 milhões e a Samsung, patrocinadora da época, queria pagar 'só' R$ 6 milhões.
O clube bateu o pé com a tevê, fechou em R$ 24 milhões e assinou com a Medial por R$ 17 milhões. Fez bonito em campo, encheu estádios e, desde então, colhe frutos. "Vamos precisar de mais algum tempo, mas não estamos tão longe. Até 2014 vamos beirar o patamar de R$ 500 milhões de lucros anuais", fala, com satisfação, Ivan Marques, o diretor de marketing. "O estádio (Itaquerão) vai gerar muitas receitas com a venda de camarotes, são valores expressivos, e todo seu uso fora do futebol, com locação que tem remuneração boa por trás, além do próprio uso do campo com os naming rights."
Cerca de R$ 150 milhões anuais viriam do estádio, outros R$ 120 milhões das cotas de tevê, além dos patrocínios, bilheterias e vendas de produtos licenciados. "Hoje, o nível de demanda após a conquista do Mundial é bem grande, com valores elevados e essa situação não podemos menosprezar. Temos um bom acordo com a Nike para o fornecimento de materiais esportivos (R$ 30 milhões por ano até 2022), nossa camisa vai render mais R$ 50 milhões em patrocínios e estamos pensando em conjunto para ações bem planejadas", enfatiza Ivan. "Estrategicamente, investir na base, com a inauguração do CT, vai ser a ação mais importante após o estádio."
O clube ainda estuda dobrar seu número de Fiéis Torcedores de 100 para 200 mil e em expandir a venda de produtos licenciados. Tudo para "mandar" no mercado. "Existem equipes com grandes estruturas, mas nossa ambição é seguir na liderança do mercado, reconhecendo que enfrentamos adversários de peso."
Chave do sucesso
A organização corintiana é apontada por especialistas de marketing esportivo como o diferencial para uma reviravolta tão rápida e eficaz.
"Do ponto de vista de faturamento, realmente o Corinthians conseguiu avançar bastante e isso tudo se deve a um trabalho bem feito de marketing, de gestão. O Corinthians passou por turbulência e entrou na linha. Está numa crescente, claro que títulos são fundamentais, mas não só pelos prêmios. Ganhando se joga mais, fica mais em exposição e vende mais", avalia Rafael Plastina, diretor da Nielsen Sports e professor da Trevisan Escola de Negócios.
Acostumado a estudar grandes marcas e investimentos, Plastina define a explosão corintiana com uma palavra: continuidade. "Na minha visão, essa é a palavra mágica."
Ele explica: "O Mano Menezes ficou um período longo no clube, o Tite também. No momento em que eram questionados, o clube os manteve. Teve troca na presidência e não houve destruição dos projetos. O clube optou pela continuidade. Sem contar que nas quatro linhas, conseguiu montar uma equipe unida e não um bando de estrelas."
Por tudo isso, o professor indica que o Corinthians deve ser um exemplo a ser seguido pelos outros clubes. "Não gosto de falar em time que vá dominar, mas sim em liderar o desenvolvimento como grande que é. Ele tem de puxar a linha de avanço e o Flamengo também devia fazer esse papel por sua grandeza."
Via Estadão
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