Um campeonato recebido com frieza nórdica pelos brasileiros ferve nas casas de Dinamarca, Noruega e Suécia.
O Mundial feminino de handebol, disputado em São Paulo desde 2 de dezembro, foi capaz de trazer turistas europeus para cidades com pouco ou quase nenhum potencial turístico no Estado.
São Bernardo do Campo é a sede de Dinamarca e Suécia, que contam com o apoio de pelo menos 50 torcedores no ginásio Adib Moyses Dib.
Os noruegueses tiveram mais sorte. Caíram na chave em Santos, que possui mais atrativos para um turista escandinavo do que o ABC Paulista --são cerca de 250 fãs.
Cada torcedor desembolsou US$ 5 mil (cerca de R$ 8 mil) por transportes e hospedagem no Guarujá. Pelos ingressos para nove jogos, contando que a Noruega chegue à final, eles pagaram US$ 250. Um tíquete para um escandinavo custou US$ 27, ou seja, R$ 23 reais a mais que para um brasileiro. No site do Mundial, é possível comprar uma entrada por R$ 20.
"Não fosse por nossa torcida, esse ginásio estaria vazio", lamentou a ponteira norueguesa Camila Herrem, uma das melhores do último Mundial de 2009, na China.
A seleção feminina da Noruega é capaz de mobilizar quase um quarto da população do país diante da TV.
Pelos cálculos da TV2, cerca de 900 mil noruegueses assistiram à vitória da equipe sobre a Islândia, por 27 a 14, na última sexta, em Santos. O país tem aproximadamente 4,9 milhões habitantes.
Os dinamarqueses rivalizam com os noruegueses como mais fanáticos. Pleiteiam para si o título de inventores da modalidade. Mas não conseguem mobilizar tamanha torcida fora da Europa.
Os irmãos Emilie, 20, e Anders Harritse Winther, 24, interromperam a volta ao mundo quando estavam na Guatemala para assistir ao torneio.
"Não estamos torcendo loucamente como fazem os noruegueses porque só estamos em três aqui", justificou Anders, ao lado da amiga Pernille Gotze Johansson, 20.
Eles pintaram o rosto com a bandeira dinamarquesa e incentivaram sua seleção na vitória por 23 a 19 sobre a Croácia, na última terça-feira.
O grupo de fãs suecos tem 200 pessoas a menos que o norueguês e é composto por pais e parentes das atletas. Com chapéus de vikings e caras pintadas, eles chamam a atenção no ginásio.
Frequentemente foram chamados para tirar fotos na arena. "É legal o Mundial em um país sem tradição. Desperta o interesse dos jovens", disse Jan Johansson, pai da sueca Ana Maria Johansson.
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