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Mais do que um esporte, karatê vira estilo de vida para campo-grandenses

Hélio Arakaki é sensei há 42 anos, enquanto Bruna Caruzo parou de competir para se tornar técnica

23 novembro 2025 - 10h13Luiz Vinicius

Para alguns, o karatê passa a sensação de ser apenas uma arte marcial e um auxílio para a autodefesa, no entanto, para outros, essa questão vai muito além de um tatame, regendo a vida, as escolhas e as maneiras de viver. Como no caso de Hélio Arakaki, sensei há 42 anos e que precisou deixar Campo Grande para treinar em São Paulo com o Sensei Juichi Sagara por um período para alcançar o feito.

Mas primeiramente, você sabe o que é o karatê? Ele é uma arte marcial japonesa que utiliza técnicas de golpes com as mãos, pés, cotovelos e joelhos, bem como bloqueios e agarrões, para desenvolver capacidades físicas e mentais. Um praticante de karatê é chamado de karateca.

O sensei Arakaki detalhou para a reportagem que depois que o karatê entrou em sua vida, as coisas tiveram outro significado. Para ele, o karatê foi ganhando medidas ainda maiores quando ele passou a contribuir na vida das pessoas, seja estimulando fisicamente, mentalmente ou espiritualmente.

Ele revela que o karatê apareceu em sua vida quando ele ainda era uma criança. “Aqui em Campo Grande, a colônia de Okinawa, Ilha situada no Japão, foi o berço do Karate, e meu avô tinha um amigo que praticou esta arte, inclusive era parente de um dos maiores mestres de Okinawa. Este senhor sempre se apresentava demonstrando o karatê nos eventos culturais e festivos na Associação Okinawa. E eu assistia impressionado e quando ia visitar meu avô, ele tentava me ensinar”.

Contudo, para aprender tudo isso foi preciso um motivo, um gatilho. E teve. O sensei relembrou que ainda na infância, ele voltava muitas vezes chorando por ter apanhado de outro menino na rua em que morava. E aí apareceu o dilema: continuar sendo agredido e ainda tomar um ralo maior da mãe. “Na próxima vez que você vier chorando, vai apanhar de novo! Aí o interesse de aprender Karatê realmente se tornou uma forte motivação”.

E esse episódio mudou completamente a vida do sensei, que passou a encarar o karatê não apenas como uma prática física ou desportiva, mas como ele bem define: um modo de vida. Ele elenca os benefícios, como saúde física, lucidez e serenidade nos momentos adversos, mas não deixou de pontuar as amizades que surgiram ao longo da trajetória.

“Um alimento para a alma, desde que praticado na sua totalidade envolvendo o aspecto físico, mental e espiritual, proporcionando ao praticante uma postura ética e moral que contribua para uma sociedade mais justa e pacífica”.


Sensei Arakaki leva o karatê como filosofia de vida. (Foto: Arquivo Pessoal)

Hélio Arakaki deixa uma mensagem para quem deseja seguir os passos no karatê, mas sobretudo, trazê-lo como um estilo de vida. “Que cultive a autodisciplina para superar a falta de vontade e desmotivação, a humildade para buscar sempre o aperfeiçoamento e, principalmente, a vontade de fazer a diferença na vida das pessoas”.

Dos torneios para o lado de fora do tatame - Paralelamente a isso, Bruna Caruzo viveu o outro lado que é a competição desde pequena, começando ainda aos 8 anos e seguiu assim até aos 27 anos. Mas hoje, ela está do lado de fora dos tatames, sendo técnica de Mato Grosso do Sul.

Ela conta que obteve muitos títulos enquanto competidora, mas neste momento, obtém resultados satisfatórios com sua equipe, incluindo o status de campeões brasileiros. Mas no início, ela não pensava em sequer participar de competições, seja como atleta ou agora como treinadora.

“Quando comecei não imaginava que seria possível competir, mas quando entendi que seria possível, me apaixonei pelo universo competitivo. O karatê mudou minha vida por completo. O esporte me oportunizou 100% do que sou hoje. Me mostrou caminhos a seguir, abriu portas para minha formação acadêmica e profissional”. E ela vai além em referência ao karatê, dizendo que superou a barreira de um esporte que era praticamente apenas por homens.


Bruno atuou por muito no competitivo, mas agora é treinadora de MS. (Foto: Arquivo Pessoal)
 

“Mas mais que isso, me ensinou o que é ser resiliente em um esporte antigamente praticado prioritariamente por homens. Me ensinou o que o poder da disciplina e que perder faz parte do processo de evolução”, contou para a reportagem.

Bruna, sobretudo, apontou que o karatê conta com uma série de benefícios. Hoje, ela é faixa preta 5º dan, indicando que já tem longos anos no karatê, mas que ainda continua praticando.

“Como disse, o karatê mudou minha vida, e o que mais acho fascinante no karatê é o poder de mudar vidas, de proporcionar vivências e sentimentos que dificilmente outros esportes terão. Como o despertar, disciplina, o respeito a si e os demais, a resiliência e a determinação”.

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