“Nós somos os favoritos, sim. Evidentemente, não basta ser favorito para ganhar. Quantos favoritos já fracassaram? Então não basta ser favorito. Tem que ir a campo, encarar a partida com a maior seriedade e exercer o favoritismo a cada jogo”, declarou Parreira, ao lado do auxiliar técnico da seleção, Flávio Murtosa.
Perguntado sobre como a comissão técnica e os jogadores estavam lidando com o chamado “fantasma de 50”, quando o Brasil, em 1950, perdeu a final para o Uruguai, no Maracanã - apesar de ser favorito na ocasião - Murtosa disse que o problema, na época, foi o clima de “já ganhou”.
“O Brasil era favorito. Era a melhor seleção. Mas o grande mal daquela Copa foi o 'já ganhou'. Isto este grupo não tem. Sabe que será uma Copa difícil, mas que tem condições de atingir o objetivo, de entrar e vencer”, avaliou.
Parreira disse que não há contradição em dizer que o Brasil já é campeão e ao mesmo tempo evitar o clima de “já ganhou” na disputa. “Não estamos falando isso da boca para fora. Nós acreditamos mesmo. Em 50, sem dúvida alguma, o fora de campo não ajudou. Em seleção brasileira, me perguntam o que eu aprendi em seis ou sete Copas do Mundo? A primeira coisa é ganhar fora de campo. E não é fácil. Envolve muitas coisas. Operacional, logística, planejamento, relacionamento com o torcedor, com a imprensa, com a própria equipe. Então, nós já estamos com uma mão na taça”, disse Parreira.
Murtosa ressaltou que, se o Brasil quiser ser campeão, terá de jogar, necessariamente, com quatro ou cinco grandes seleções e destacou a Bélgica como uma possível surpresa.
Parreira disse que o Brasil poderá reescrever sua história com a Copa deste ano. “É oportunidade para um resgate de algo que está entalado há 64 anos. Das grandes seleções, somos a única que não ganhou em casa. Vamos mudar essa história, acabar com o 'maracanazo'. Vamos reescrever essa história futebolística.”
Perguntado sobre o protesto de profissionais de educação do Rio de Janeiro, que questionaram gastos públicos com a Copa do Mundo, o coordenador técnico da seleção disse que não comentaria assuntos que não estejam relacionados ao futebol. Mais cedo, o grupo fez uma manifestação em frente a um hotel na Ilha do Governador, onde alguns jogadores da seleção brasileira se apresentaram nesta manhã antes de seguirem para Teresópolis, e no saguão do Terminal 2 do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Antonio Carlos Jobim/Galeão.Reportar Erro
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O coordenador técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira, defende o favoritismo do Brasil na Copa do Mundo deste ano. (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil) 



