A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado e a a JBS assinaram nesta terça-feira (24) um acordo para garantir a retomada dos abates de gado nos frigoríficos da empresa no Estado e a não demissão dos funcionários.
Cinco bens, totalizando em R$ 756 milhões, foram dados como garantia, mais do que os R$ 730 milhões já bloqueados pela justiça a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Irregularidades Fiscais e Tributárias do Estado de Mato Grosso do Sul.
“São cinco imóveis dados como garantia, sendo duas plantas frigoríficas e três áreas em Campo Grande. O acordo segue para a homologação do juiz. Em seguida, o dinheiro retido será liberado”, disse o deputado, Paulo Correa (PR), presidente da CPI das Irregularidades Fiscais e Tributárias de Mato Grosso do Sul.
A pedido da CPI, foi incluso uma cláusula retomando o bloqueio de bens caso o novo acordo não seja cumprido pela JBS. Segundo o presidente da ALMS, deputado Junior Mochi (PMDB), o acordo de vontades será submetido agora ao juiz para que seja homologado. “Protocolado, vamos aguardar o magistrado fazer a homologação. Hoje, a JBS já retomou os abates e estamos apenas oficializando aquilo que já foi acordado entre as partes’, salientou.
Demissões
Em relação aos funcionários da JBS, que estavam preocupados com a possibilidade de perder seus empregos e foram à Assembleia pedir apoio aos parlamentares, o deputado Pedro Kemp (PT) garantiu que a empresa não demitirá nenhum dos seus colaboradores. “A direção da JBS assumiu o compromisso que não haverá demissões e que os abates vão continuar, inclusive com a possibilidade de mais investimentos aqui em Mato Grosso do Sul”, disse o parlamentar.
O relatório final da CPI deve ser entregue pelo relator, deputado Flavio Kayat (PSDB), nesta sexta-feira (27). Depois disso, os membros da Comissão terão uma semana para votar o documento.
CPI
A CPI foi constituída para investigar a denúncia realizada pelos executivos da JBS, Joesley Mendonça Batista, Wesley Mendonça Batista e Ricardo Saud, do pagamento de diversas notas fiscais ‘frias’ emitidas por pessoas físicas ou jurídicas entre os anos de 2010 a 2017, sem o devido fornecimento de bens ou serviços, em contraprestação à suposta concessão indevida de benefícios fiscais pelo Estado de Mato Grosso do Sul.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Governo amplia vagas em programas sociais para cuidadores e estudantes em MS

MS fecha parceria com Google para usar IA na educação, saúde, segurança e agronegócio

Mega-Sena sorteia prêmio acumulado de R$ 12 milhões neste sábado

TJMS nega liminar para soltura de motorista que atropelou e matou jovem em Coxim

Advogados devem peticionar novos processos previdenciários pelo eproc em 10 cidades de MS

Adriane tenta suspender promoção de médicos alegando crise, mas desembargador nega

Justiça absolve acusado de matar o pai a facadas e aplica internação por tempo indeterminado

MS aprova lei que exige comunicação prévia sobre corte e ligação de serviços públicos

Foragidos da Justiça, envolvidos em roubo, são capturados pela PM na região norte







