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Ambientalista solitário dá exemplo de cidadania e replanta árvores de forma silenciosa e anônima

27 março 2011 - 15h13
Olhada de cima a cidade de Dourados parece uma floresta. Os telhados espreitam os galhos das árvores num universo de poucos “arranha-céus”. Mas para que esta floresta urbana, densa e cheia de pássaros seja conservada incólume é necessário o replantio daquelas árvores derrubadas pelo vento ou arrancadas pela força do homem. Principalmente do homem comerciante que prefere a fachada de sua loja livre à frescura da sombra propiciada pela copa da árvore. Neste universo contraditório surge uma figura excêntrica que do nada aparece com uma árvore não esquerda e uma cavadeira na direita. Ele é o plantador solitário de árvores. Muitas pedaladas diárias são dadas numa velha bicicleta para cumprir a sua missão de replantar uma arvore onde sombra inexiste. O ambientalista solitário é um homem cheio de pensamentos humanistas. É um jovem de 19 anos que de manha estuda com o fito de passar no vestibular para ingressar no curso de Gestão Ambiental da Universidade Federal da Grande Dourados e a tarde cavouca buracos onde deposita as árvores. Evandro dos Santos Pinheiro é incansável. Afaga o solo, fere o chão, deposita a muda, rega o caule e parte para um novo espaço onde árvore inexiste. Em menos de um mês já plantou mais de trezentas árvores. Numa cidade onde a consciência ambiental é praxe. Onde a ética ambiental está em construção Evandro segue num ritmo alucinante para cumprir a sua missão de plantar duas mil arvores até o final de junho quando pretende dar uma pausa ao seu trabalho voluntário. Evandro ganha alguma coisa por este trabalho? Amealha alguma pecúnia? Não! Apenas se prepara para ser um cidadão cada vez melhor. E quem paga a conta das mudas de árvores? O estudante antes de escolher o local para plantar uma nova árvore visita empresários pequenos e grandes onde pede ajuda financeira para a aquisição das mudas. Assim ele caminha. - Um empresário doou cinquenta mudas, outro dez, ou apenas uma! – Disse Evandro que não aceitar doações de pessoas ou empresas que querem fazer publicidade. A doação tem que ser por amor ao meio ambiente. Para Evandro ninguém precisa saber quem paga a conta e muito menos que é ele quem planta. A ação do “plantador solitário” já despertou o ciúme até mesmo de quem teria a obrigação de fazer o replantio. Mas isso não incomoda Evandro que fica tiririca da vida com os donos de loja que “assassinam” vagarosamente as árvores para deixaram as fachadas livres dos galhos. “Meu maior desafio é replantar estas árvores na região do centro comercial e fazer com elas não morram ou sejam novamente sacrificadas pelos lojistas”, reclama Evandro que evoca o poema “O prazer de servir” da chilena Gabriela Mistral para justificar, explicar, tergiversar, e demonstrar toda a sua preocupação com o futuro da vida no planeta e seu amor aos seres vivos e ao meio ambiente. Assim como Gabriela, o plantador solitário acredita que toda natureza é um Anésio de serviço” onde serve a nuvem, serve o vento, serve a chuva. Como a escritora que morreu em janeiro de 1957 em Nova Iorque, Evandro que tem uma árvore no próprio nome sentencia: “Onde haja uma árvore a plantar, planta-a você; onde haja um erro a corrigir, corrige-o você; onde haja um esforço que todos se esquivam, aceita-o você”. Para o ciclista solidário que planta árvores solitárias “o servir não é trabalho de seres inferiores” e “Deus, que dá o fruto e a luz, serve” e por isso poderia Deus chamar-se assim “Aquele que serve e tem seus olhos fixos em nossas mãos e nos pergunta a cada dia: Você serviu hoje? À quem? À árvore? Ao seu amigo? À sua mãe?” Inspirados nestes versos de Gabriela, o estudante Evandro continua s-i-l-e-n-c-io-s-a-m-e-n-t-e silente plantando árvores e cultivando sonhos. Fonte: Midiamax

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