Depois da notícia veiculada pelo JD1 Notícias questionando a publicação no Diário Oficial de quinta-feira (23) de um processo seletivo simplificado para contratação de profissionais da educação, o prefeito Alcides Bernal recuou e revogou a publicação, tornando sem efeito o edital na sexta (24).
A doutora em Educação, professora no curso de Pedagogia da UFMS, Ângela Maria da Costa, elogiou a atitude do prefeito em corrigir o erro. “Gostei. Não é feio voltar atrás quando vê que está errado!”, afirmou.
No entanto, permanece aberto o processo aberto por ela no Ministério Público Federal. Já o Ministério Público Estadual, aonde Ângela iria nesta segunda-feira, não precisou ser acionado. “Sem dúvida nenhuma ele recuou pela repercussão do assunto. Foi ótimo porque é sinal de que ele lê vocês”, analisou.
A doutora disse que entrou em contato com Bernal assim que viu o assunto no Diário Oficial e ele respondeu “verificarei” e nada mais. Ela ainda disse a ele: “Você está muito mal assessorado”. Ângela voltou a dizer que o cargo havia sido inventado nas gestões anteriores de Nelsinho Trad e André Puccinelli, quando os Centros de Educação Infantis (Ceinfs) estavam sob responsabilidade da Secretaria de Assistência Social (SAS), mas então o prefeito atual fez o certo e levou para a educação. “Era um absurdo insistir no retrocesso”, destacou.
Se continuasse como o edital solicitava, o erro persistiria ao deixar de lado o professor e menosprezar os cuidados necessários para as crianças. “Na verdade mexer com creche não é para qualquer pessoa. Você não pode fazer asneiras. Quanto menor o educando mais formação estas pessoas precisam. Agora eles acham que qualquer um que troque fraldas é capacitado para educar uma criança. É muito triste. Falta qualificação”, analisa.
O edital revogado previa a contratação por tempo indeterminado de 200 profissionais de nível médio.
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